Nelson Tanure continua a luta pela aquisição da Braskem, agora pressionado pela Petrobras, que alega não ter sido informada sobre negociações. Essa batalha se acirra no Cade, onde Tanure tenta garantir a aprovação prévia obtida para a compra das ações da Novonor. A estatal formalizou uma petição, insistindo em que seus direitos de preferência foram desrespeitados.
A Petrobras argumenta que não recebeu uma proposta oficial de Tanure, caracterizando a situação como uma transferência de controle disfarçada. Apesar das alegações, a Petroquímica Verde, de Tanure, nega qualquer irregularidade, afirmando que a operação está alinhada às regras acordadas. A análise do Cade é crucial para definir o futuro da Braskem neste embate.
Enquanto isso, a IG4 assume a frente nas negociações, tendo conquistado a exclusividade. O prazo para a gestora fechar seu acordo com a Novonor e os credores é até 20 de novembro. Com isso, a disputa entre Tanure e Petrobras se intensifica, e o cenário continua incerto no mercado petroquímico.
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Nelson Tanure segue na disputa para concretizar a Compra da Braskem, buscando aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para adquirir as ações detidas pela Novonor (antiga Odebrecht). A batalha persiste mesmo após a gestora IG4 ter perdido a exclusividade nas negociações.
Tanure busca manter a aprovação preliminar obtida junto ao Cade, em um processo que agora envolve um embate direto com a Petrobras, a segunda maior acionista da Braskem.
A Petrobras, reconhecida como terceira parte interessada, formalizou uma petição ao Cade, alegando não ter sido notificada sobre as negociações entre Tanure e a Novonor, que tiveram início em maio. A estatal argumenta que tal omissão viola cláusulas do acordo de acionistas da Braskem, que lhe asseguram direito de preferência em qualquer proposta de aquisição da petroquímica.
A Petrobras solicitou uma revisão da decisão do Cade, sustentando que a operação representa uma transferência de controle disfarçada e que Tanure não apresentou uma proposta vinculante, ou seja, uma oferta firme e oficial.
A Petrobras alega que a operação tem como objetivo o controle da Braskem, mesmo que formalmente declare a aquisição da NSP, veículo utilizado pela Novonor para manter sua participação de 50,1% no capital votante da companhia.
Em resposta, a Petroquímica Verde, empresa de Tanure, contestou as alegações da Petrobras, afirmando que a estatal distorce os termos do acordo societário e que não houve descumprimento contratual.
O grupo de Tanure também enfatizou que a aprovação do Cade está condicionada à manutenção da estrutura atual e ao respeito às cláusulas de governança, o que, segundo sua visão, garantiria o cumprimento de todos os contratos vigentes.
A Superintendência-Geral do Cade, em seu parecer, alertou que a operação pode ser reavaliada caso ocorra alteração na estrutura societária ou descumprimento contratual.
Apesar do confronto, a disputa entre Tanure e Petrobras no Cade tem um caráter mais protocolar neste momento, já que Tanure perdeu a preferência nas negociações desde agosto.
A gestora IG4 assumiu a liderança nas negociações para adquirir as ações da Novonor, após Tanure perder a exclusividade que detinha por três meses.
A IG4 firmou um acordo de exclusividade com cinco bancos detentores de cerca de R$ 19 bilhões em dívidas da Novonor, garantidas pelas ações da Braskem, tornando-se a única autorizada a negociar a compra da participação majoritária da antiga Odebrecht na companhia.
A gestora, liderada por Paulo Mattos, tem até 20 de novembro para finalizar um acordo com a Novonor, os credores e a Petrobras, buscando selar uma nova fase de controle para a companhia.
O processo de Compra da Braskem segue com a IG4 na frente, buscando um acordo definitivo até novembro, enquanto Tanure e Petrobras mantêm suas disputas no âmbito do Cade.
Via InvestNews
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