Cade pede que Gol e Azul cessem comentários sobre fusão

Cade orienta Gol e Azul a não falarem mais sobre fusão sem formalização.
09/09/2025 às 17:01 | Atualizado há 3 meses
               
Fusão de Gol e Azul
Fusão deve ser notificável; o silêncio não é a solução, alerta presidente do Cade. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

O presidente do Cade afirmou que Gol e Azul devem interromper comentários sobre fusão até que estejam prontos para formalizar o processo. Essa declaração foi feita durante entrevista e ressalta a preocupação com os impactos que especulações podem ter no mercado.

Na entrevista, Gustavo Augusto destacou que a comunicação irresponsável sobre fusões pode gerar incertezas e instabilidades. O Cade determinou que as empresas notifiquem formalmente um acordo de codeshare, o que impede a expansão da parceria em novas rotas até a avaliação do órgão regulador.

Além disso, a entidade se preocupa com a transparência no mercado aéreo, especialmente enquanto o setor se recupera da pandemia. A fusão proposta seria uma grande mudança, e o Cade busca garantir concorrência e proteger os direitos dos consumidores durante qualquer movimento nesse sentido.
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O presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) declarou que as companhias aéreas Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4) devem cessar comentários públicos sobre uma possível Fusão de Gol e Azul, a menos que estejam prontas para formalizar o processo. A exigência foi feita em entrevista à Reuters, destacando a preocupação do órgão regulador com o impacto de anúncios especulativos no mercado.

Segundo o presidente do Cade, Gustavo Augusto, as empresas devem evitar discussões sobre a fusão até que estejam preparadas para notificar o Cade. A declaração surge após o Cade determinar que Gol e Azul notifiquem formalmente o acordo de codeshare de maio de 2024 em até 30 dias, impedindo a expansão da parceria para novas rotas até a avaliação do negócio.

Embora a ordem não exija informações sobre a potencial Fusão de Gol e Azul, Augusto enfatizou a cautela necessária ao comunicar planos que afetam o mercado, especialmente para empresas com ações e posição dominante. O Cade busca evitar que anúncios prematuros causem instabilidade e incertezas, caso não se concretizem.

No início deste ano, Azul e Abra, controladora da Gol e da Avianca, assinaram um memorando de entendimento não vinculante sobre a Fusão de Gol e Azul. A proposta visa fortalecer as operações, com alegações de complementaridade de rotas de 90%. A Azul informou que analisará a decisão do Cade sobre o acordo de codeshare e negou práticas de gun jumping, que integram empresas antes da aprovação regulatória.

A Gol declarou que o codeshare é uma prática comum no setor aéreo e que sempre respeitou as decisões regulatórias. Ambas as companhias aéreas evitaram comentar sobre os planos de fusão. Executivos de ambas as empresas têm priorizado a reestruturação antes de qualquer combinação, sem descartar publicamente a possibilidade de Fusão de Gol e Azul.

Em maio, a Azul solicitou proteção judicial nos Estados Unidos, pouco antes da Gol concluir seu processo de reestruturação. O Cade está atento ao desenvolvimento dos eventos e à necessidade de garantir a concorrência no mercado aéreo brasileiro.

A determinação do Cade reflete a preocupação com a transparência e a estabilidade do mercado aéreo, especialmente em um cenário de recuperação e reestruturação das companhias. A Fusão de Gol e Azul, se concretizada, representaria uma mudança significativa no setor, demandando análise cuidadosa para assegurar a concorrência e evitar prejuízos aos consumidores.

Com o mercado aéreo ainda se recuperando dos impactos da pandemia, a possível Fusão de Gol e Azul é vista com cautela pelas autoridades. O Cade busca garantir que qualquer movimento nesse sentido seja realizado de forma transparente e responsável, assegurando a saúde do setor e os direitos dos passageiros.

Via InfoMoney

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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.