Suplementos podem realmente ajudar a viver mais?

Explore se suplementos podem ajudar na longevidade e saúde.
18/09/2025 às 08:01 | Atualizado há 6 horas
Suplementos para longevidade
Médicos e cientistas divergem dos influenciadores sobre o anti-envelhecimento. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

A busca pela longevidade tem incentivado o uso de suplementos, mas será que eles realmente funcionam? Estudos sugerem que a eficácia desses produtos pode ser questionável, com muitos não mostrando resultados positivos em pesquisas clínicas.

Pesquisadores alertam para a falta de provas sólidas que sustentem as alegações sobre a eficácia dos suplementos. Muitas vezes promovidos por influenciadores, esses produtos precisam ser analisados com cautela, pois a regulamentação ainda é deficitária.

Embora alguns especialistas defendam o uso de determinados suplementos para melhorar a saúde, é essencial priorizar um estilo de vida saudável. Dieta equilibrada e exercícios regulares podem ser mais eficazes para garantir uma vida longa e saudável.
“`html

A busca pela longevidade tem levado muitos a explorar diversas opções, e os suplementos para longevidade surgem como uma alternativa popular. No entanto, será que esses produtos realmente cumprem o que prometem? Influenciadores digitais frequentemente promovem uma variedade de suplementos, mas a ciência por trás dessas alegações nem sempre é clara.

Uma análise recente conduzida por médicos e cientistas revelou que não há evidências concretas de que suplementos realmente prolonguem a vida humana em estudos clínicos de grande escala. Essa falta de comprovação levanta questões sobre a eficácia e a regulamentação da indústria de suplementos.

Apesar do ceticismo, alguns especialistas mantêm uma visão otimista sobre o potencial dos suplementos para melhorar a qualidade de vida e a saúde em geral, especialmente à medida que envelhecemos. Eles acreditam que certos suplementos podem desempenhar um papel importante no suporte à saúde, ajudando a prevenir doenças e promovendo o bem-estar.

Eric Topol, do Scripps Research Translational Institute, expressa preocupação com a falta de dados que sustentem as alegações de muitos suplementos promovidos por influenciadores e especialistas em longevidade. Ele adverte que a indústria carece de regulamentação adequada, o que pode levar a falsas promessas e desinformação.

Por outro lado, Eric Verdin, do Buck Institute for Research on Aging, vê o campo dos suplementos como uma área promissora, mas também reconhece os perigos e as falsas promessas que podem enganar os consumidores. É essencial abordar esse mercado com cautela e discernimento.

Os suplementos frequentemente promovidos para o envelhecimento saudável se dividem em duas categorias principais: as vitaminas tradicionais e os produtos mais experimentais. As vitaminas tradicionais incluem nutrientes como vitamina D, vitamina B12 e ômega-3, frequentemente recomendados para adultos mais velhos devido à sua importância para a saúde óssea, função neurológica e saúde cardiovascular.

Estudos sugerem que a deficiência de vitamina D e ômega-3 pode aumentar o risco de doenças relacionadas ao envelhecimento, como doenças cardíacas, câncer e osteoporose. No entanto, os resultados de ensaios clínicos que investigam os benefícios da suplementação nesses casos têm sido mistos.

Em estudos como o VITAL e o DO-HEALTH, a suplementação com vitamina D ou ômega-3 não demonstrou benefícios significativos na prevenção de câncer, doenças cardiovasculares, fraturas ósseas ou declínio cognitivo na maioria dos participantes. No entanto, houve indícios de que a suplementação com ômega-3 pode ser benéfica para pessoas com baixo consumo de peixe, reduzindo o risco de AVCs e ataques cardíacos.

Alison Moore, do Stein Institute for Research on Aging, adota uma abordagem cautelosa ao recomendar suplementos, geralmente indicando-os apenas em casos de suspeita de deficiência nutricional. Ela enfatiza a importância de uma dieta equilibrada como base para a saúde e o bem-estar, argumentando que a suplementação pode não ser necessária para pessoas com hábitos alimentares saudáveis.

Análises recentes dos estudos VITAL e DO-HEALTH sugerem que os suplementos podem influenciar certos aspectos do envelhecimento, como o encurtamento dos telômeros e o envelhecimento biológico mais lento. JoAnn Manson, da Harvard Medical School, especula que esses efeitos podem estar relacionados às propriedades anti-inflamatórias dos suplementos, mas ressalta que a relação com a longevidade ainda não está clara.

A categoria de suplementos experimentais inclui substâncias como nicotinamida adenina dinucleotídeo (NAD+), espermidina e urolitina A, que têm sido alvo de pesquisas devido ao seu potencial para melhorar a saúde celular e combater o declínio da função dos órgãos e músculos com a idade. Essas substâncias desempenham papéis importantes no metabolismo celular, na autofagia e na saúde das mitocôndrias, mas os estudos em humanos ainda são limitados.

Testes em animais e células humanas mostraram que essas moléculas podem atenuar os efeitos negativos do envelhecimento e até prolongar a vida, o que levou empresas de suplementos e influenciadores a promover seus produtos como soluções para o envelhecimento saudável. No entanto, Eric Topol adverte que há uma grande diferença entre os resultados obtidos em modelos animais e a comprovação de benefícios em humanos.

Os poucos estudos clínicos em humanos que investigaram os efeitos desses suplementos experimentais mostraram resultados mínimos ou inexistentes, o que levanta dúvidas sobre a sua eficácia e segurança. É importante abordar as alegações sobre os suplementos para longevidade com ceticismo e buscar informações baseadas em evidências científicas sólidas.

Em vez de confiar em soluções rápidas e promessas exageradas, é fundamental adotar um estilo de vida saudável que inclua uma dieta equilibrada, exercícios regulares, sono adequado e gerenciamento do estresse. Essas medidas comprovadamente contribuem para uma vida mais longa e saudável, e podem ser mais eficazes do que a busca por pílulas mágicas.

Via InfoMoney

“`

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.