Recuperação da Americanas ainda é um desafio, afirma presidente da empresa

Presidente da Americanas afirma que empresa ainda está longe de finalizar o modo recuperação.
27/03/2025 às 13:38 | Atualizado há 1 mês
Recuperação da Americanas
Leonardo Coelho: ainda há cinco ou seis trimestres até a recuperação completa. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

A Recuperação da Americanas ainda demandará tempo, conforme declarações recentes de Leonardo Coelho, presidente da empresa. A varejista, que enfrentou um escândalo de fraude contábil, tem concentrado esforços na sua operação. Coelho projeta que serão necessários pelo menos cinco a seis trimestres para que a empresa retome um crescimento sustentável.

As ações da Americanas (AMER3) tiveram uma queda expressiva de 24,5% na bolsa de valores de São Paulo. Essa baixa ocorreu após a divulgação dos resultados do quarto trimestre. Coelho ressaltou a magnitude da crise enfrentada no início de 2023.

O presidente da Americanas enfatizou que a recuperação é um processo de longo prazo. Segundo ele, acelerar a recuperação além da capacidade da empresa não seria eficaz para prepará-la para o futuro. A varejista, que enfrentou uma dívida de mais de R$40 bilhões devido ao “risco sacado”, registrou um prejuízo líquido de R$586 milhões no último trimestre.

A diretora financeira, Camille Loyo Faria, mencionou que a Americanas espera sair do processo de recuperação judicial até o final de fevereiro de 2026. A empresa acredita que, até essa data, terá cumprido “99% do plano” de reestruturação aprovado pela Justiça do Rio de Janeiro.

Em relação à venda do Hortifruti Natural da Terra (HNT), Faria informou que o processo de venda deve ocorrer em algum momento de 2025. A Americanas suspendeu a venda do HNT no final de 2023. Essa decisão ocorreu em meio a propostas recebidas durante o início do processo de recuperação judicial.

Segundo Faria, o mercado interpretou erroneamente a necessidade de a Americanas se desfazer do HNT “a qualquer custo”. A diretora financeira explicou que a decisão sobre o futuro do negócio (HNT) dentro ou fora da Americanas dependerá das propostas a serem enviadas neste ano.

Via InfoMoney