A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) se prepara para analisar o pedido da Starlink, empresa de Elon Musk, para aumentar significativamente o número de seus satélites da Starlink em operação no Brasil. A solicitação, que busca expandir a constelação em mais 7,5 mil unidades, será um dos temas centrais da próxima reunião do conselho diretor da Anatel, prometendo impactar a conectividade em áreas remotas e rurais do país.
O processo de análise, liderado pelo conselheiro Alexandre Freire, já teve um relatório publicado em fevereiro, mas a votação foi adiada. A solicitação de ampliação da rede de satélites da Starlink foi formalizada em dezembro de 2023. Dados de setembro revelam que a empresa já possui 6.350 satélites em órbita, consolidando sua infraestrutura para oferecer internet em regiões de difícil acesso.
Para operar no Brasil, a Starlink necessita da autorização da Anatel, processo que já foi cumprido anteriormente. A empresa se destaca por utilizar satélites não geoestacionários, posicionados em baixa órbita a cerca de 550 quilômetros da Terra. Essa proximidade permite uma transmissão de sinal mais rápida em comparação com os satélites geoestacionários, que se encontram a 35 mil km de distância.
A Starlink garante que seus satélites possuem sistemas automáticos para evitar colisões com lixo espacial, além de sensores de navegação que otimizam a localização e orientação para o envio de sinais de internet. A SpaceX, também de propriedade de Elon Musk, é responsável pelo lançamento desses satélites, utilizando o foguete Falcon 9.
Vale lembrar que, em novembro de 2024, a Telebrás firmou um acordo com a chinesa SpaceSail, concorrente da Starlink. Esse acordo estabelece uma possível cooperação entre as empresas, caso a SpaceSail obtenha autorização para operar no Brasil. A empresa chinesa já possui 40 satélites em órbita e planeja lançar mais 648 nos próximos 14 meses, com a meta de alcançar 15 mil satélites até 2030.
A aprovação do pedido de expansão da Starlink e o possível ingresso da SpaceSail no mercado brasileiro podem transformar o cenário da internet via satélite no país, ampliando o acesso à conectividade em áreas remotas e rurais.
Via G1