Apenas 15% dos líderes de TI exploram agentes de IA autônomos

Estudo revela que poucos líderes de TI implementam agentes de IA totalmente autônomos. Descubra mais!
17/10/2025 às 20:22 | Atualizado há 1 mês
               
Agentes de Inteligência Artificial
Claro, por favor, forneça a descrição que você gostaria que eu analisasse. (Imagem/Reprodução: Tiinside)

Estudo do Gartner revela que apenas 15% dos líderes de TI estão testando ou implementando agentes de inteligência artificial totalmente autônomos. Esses agentes têm o potencial de atuar sem supervisão humana, mas a adoção ainda é timida. A pesquisa, realizada com 360 líderes de TI, destaca a preocupação com a governança e a segurança em relação a esses novos sistemas.

Segundo Max Gross, do Gartner, a falta de confiança nas soluções oferecidas pelos fornecedores é uma barreira significativa. Apenas 19% dos entrevistados acreditam que as empresas são confiáveis para prevenir falhas e desinformação. Ademais, 74% veem os agentes como potenciais riscos para a segurança organizacional, dificultando sua plena adoção.

Os resultados mostram que as organizações que alinharem estratégias entre TI e negócios têm maiores chances de sucesso na implementação. Embora muitos vejam os agentes de IA como promissores, a percepção geral ainda é cautelosa. A longo prazo, apenas um pequeno percentual acredita que esses agentes substituirão trabalhadores ou aplicações, enquanto 34% acreditam que podem substituir parcialmente estas em um futuro próximo.
De acordo com um estudo do Gartner, apenas 15% dos líderes de TI estão explorando a implementação de Agentes de Inteligência Artificial totalmente autônomos. Estes agentes são ferramentas de IA com foco em objetivos específicos e que não necessitam de supervisão humana. A pesquisa, realizada em maio e junho de 2025, ouviu 360 líderes de aplicações de TI em empresas com mais de 250 funcionários na América do Norte, Europa e Ásia/Pacífico.

O levantamento do Gartner procurou compreender o impacto da Inteligência Artificial Generativa (GenAI) e da IA agêntica nas aplicações empresariais. Max Gross, diretor e analista sênior do Gartner, comentou que, apesar do crescente interesse em torno da IA agêntica, preocupações com governança, maturidade e a dispersão de agentes ainda são obstáculos para a adoção plena.

A falta de confiança nos fornecedores para garantir segurança, governança e proteção contra informações falsas são barreiras significativas. Apenas 19% dos entrevistados confiam plenamente na capacidade dos fornecedores de evitar alucinações da IA. Paralelamente, 74% acreditam que os Agentes de Inteligência Artificial representam um novo risco de ataque às organizações e somente 13% consideram que possuem as estruturas de governança adequadas para gerenciá-los.

A pesquisa também revelou diferentes perspectivas sobre o impacto dos Agentes de Inteligência Artificial. Enquanto 26% dos entrevistados acreditam que os agentes terão um impacto transformador na produtividade, a maioria (53%) considera que o impacto será significativo, mas não totalmente transformador. Uma parcela menor (20%) acredita que os agentes proporcionarão apenas pequenos ganhos.

Apenas 14% dos entrevistados concordam que há um alinhamento entre TI, usuários corporativos e liderança sobre quais problemas a IA pode resolver. Aqueles que concordam são mais propensos a ver os Agentes de Inteligência Artificial como transformadores e a encontrar valor significativo nas ferramentas GenAI. Max Goss ressalta que o alinhamento entre TI, negócios e liderança é crucial para a implementação bem-sucedida da IA, mas muitas organizações ainda não alcançaram esse alinhamento.

Organizações que não compreendem claramente os problemas de negócios que a IA pode resolver tendem a superestimar o impacto dos agentes na produtividade do escritório. Aquelas com maior alinhamento focam em casos de uso mais específicos, como atendimento ao cliente, ERP e vendas. Segundo Goss, a produtividade no escritório não é necessariamente a área que trará mais valor. Análise e business intelligence lideram a lista dos domínios mais impactados, seguidos por atendimento ao cliente e produtividade no escritório.

A longo prazo, a maioria dos líderes não espera que os Agentes de Inteligência Artificial substituam aplicações ou trabalhadores. Apenas 12% acreditam que os agentes substituirão aplicações e 7% que substituirão trabalhadores nos próximos dois a quatro anos. No entanto, uma porcentagem maior (34%) acredita que os agentes substituirão aplicações e 29% que substituirão trabalhadores parcialmente nesse período.

Analistas do Gartner recomendam que as empresas se concentrem em três áreas principais ao se prepararem para implementar a IA agêntica. Desenvolver uma estrutura de governança independente para reduzir riscos e fornecer diretrizes claras. Direcionar os agentes para domínios de alto impacto, alinhando TI e negócios para resolver problemas específicos. Adotar uma estratégia de múltiplos fornecedores para aproveitar os recursos que melhor atendam às suas necessidades.

Via TI Inside

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.