Em resposta às declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou sobre as acusações de sua suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado. A manifestação de Bolsonaro ocorre em meio à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de torná-lo réu sob essa acusação.
Bolsonaro utilizou seu perfil na rede social X (antigo Twitter) para expressar sua opinião sobre as alegações. Em sua postagem, ele questiona a veracidade das acusações, chegando a afirmar que “só um imbecil ou um canalha compra esse papo de plano de assassinato”. A declaração reflete seu posicionamento diante das investigações e do processo que enfrenta no STF.
Lula, por sua vez, havia declarado que era “visível” a tentativa de golpe por parte do ex-presidente, além de mencionar uma possível contribuição de Bolsonaro em um plano para assassiná-lo, o vice-presidente e o ex-presidente da Justiça Eleitoral. As declarações de Lula foram dadas em Tóquio, no Japão, onde cumpria agenda oficial.
Em sua resposta, Bolsonaro ironizou as investigações sobre a trama golpista, assinando a mensagem com um “fraterno abraço”. Ele também mencionou o atentado que sofreu em 2018, durante a campanha eleitoral em Juiz de Fora (MG), afirmando que “a única pessoa que tentaram matar fui eu”.
A acusação contra Bolsonaro réu golpe de Estado tem como base um inquérito da Polícia Federal (PF) que embasou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), já aceita pelo STF. O procurador-geral, Paulo Gonet, alega que Bolsonaro foi informado e concordou com o plano “Punhal Verde e Amarelo”, que previa o assassinato de diversas figuras políticas.
Segundo a PGR, o plano foi levado ao conhecimento de Bolsonaro, que teria concordado com ele. A denúncia menciona mensagens encontradas pela PF que indicam que militares das Forças Especiais do Exército chegaram a planejar uma emboscada contra o ministro Alexandre de Moraes, mas desistiram da ação.
Com a decisão do STF, Bolsonaro e outros sete denunciados passaram a responder às acusações da PGR na Justiça. O grupo inclui generais, ex-ministros e outras figuras importantes, que compõem o chamado “núcleo crucial” da tentativa de golpe. O julgamento do mérito da denúncia ocorrerá após a fase de instrução do processo, que inclui interrogatórios, oitiva de testemunhas e apresentação de defesa.
O caso continua a gerar debates e expectativas no cenário político nacional, com desdobramentos que podem impactar o futuro político de Bolsonaro e de outros envolvidos. A sociedade aguarda o desenrolar do processo judicial para que a verdade seja esclarecida e a justiça seja feita.