Escondido nas montanhas do Himalaia, entre a Índia e o Tibete, o Butão, um pequeno país com economia baseada na agricultura, guarda uma curiosidade: uma reserva considerável em Bitcoin do Butão. De acordo com o Bitcoin Treasuries, o país acumula 12.062 unidades de BTC, avaliadas em US$ 1,289 bilhão. Apesar de modesta se comparada a potências como Estados Unidos e China, essa reserva representa uma parcela significativa da economia do Butão.
Com um Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 2,9 bilhões em 2022, e uma projeção de US$ 3 bilhões para 2025, a reserva de **bitcoin** do país corresponde a mais de 40% do seu PIB. Essa proporção demonstra a relevância da criptomoeda para a economia nacional, levantando a questão de como um país tão pequeno e com uma monarquia constitucional recente adotou essa estratégia de acumulação de **bitcoins**.
A economia do Butão, caracterizada pelo relevo montanhoso que dificulta a agricultura, tem na energia hidrelétrica um importante produto de exportação para a Índia. Essa característica, combinada com uma população de menos de 800 mil habitantes, permitiu ao país explorar a mineração de **bitcoin**, que demanda grande quantidade de energia.
Desde 2020, o Butão tem minerado seus **bitcoins** em parceria com a Bitdeer Technologies Group, utilizando energia limpa. Essa iniciativa alinha-se com a política do país de ser carbono-negativo, com 70% do território coberto por florestas. A mineração de **bitcoin** envolve a resolução de problemas complexos, consumindo energia e recompensando os solucionadores com frações da criptomoeda.
Outras nações também consideram a **bitcoin** como parte de suas reservas estratégicas. Os Estados Unidos, por exemplo, apreendem tokens em operações contra a lavagem de dinheiro, incorporando-os ao Tesouro. A discussão sobre a criação de reservas estatais de **bitcoin** ganha espaço em diversos países, refletindo o crescente interesse governamental nas criptomoedas.
Via Money Times
