Os bastidores da Gestão de Ednaldo Rodrigues na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) vieram à tona em uma reportagem da revista “Piauí”. A publicação expôs manobras para garantir a reeleição do presidente, além de gastos consideráveis da CBF com figuras influentes.
A reportagem detalha como a CBF custeou a ida de 49 pessoas à Copa do Mundo do Catar. Entre os gastos, destacam-se voos em primeira classe, hospedagem em hotel cinco estrelas e ingressos para os jogos da Seleção Brasileira. A quantia total gasta nessa “farra” alcançou a marca de R$ 3 milhões.
O presidente da CBF justificou os gastos afirmando que “é praxe que entidades esportivas façam convites a pessoas relevantes e personalidades para acompanhar grandes eventos”.
Outro ponto levantado pela reportagem são os reajustes salariais concedidos aos presidentes das federações estaduais. Antes da Gestão de Ednaldo Rodrigues, os chefes das afiliadas recebiam R$ 50 mil. Atualmente, cada presidente de federação recebe R$ 215 mil mensais, um aumento de quase 200%.
Ednaldo Rodrigues foi reeleito presidente da CBF de forma unânime. Ele recebeu os votos das 27 filiadas e dos 40 clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro.
Em contrapartida aos gastos elevados, a reportagem também revela a suspensão de viagens aéreas e hospedagens pagas pela CBF aos árbitros da Série A. Esses profissionais deveriam realizar treinamentos e avaliações físicas quinzenais em um clube privado do Rio.
A CBF alegou restrições orçamentárias para justificar a suspensão. A avaliação física passou a ser realizada apenas por videoconferência.
Essa medida ocorreu em paralelo à aprovação de um projeto do ex-chefe da Comissão de Arbitragem da CBF, Wilson Luiz Seneme. O projeto previa a criação de um centro de treinamento exclusivo e uma escola de árbitros, com um custo estimado de R$ 60 milhões.
Após o acúmulo de desempenhos insatisfatórios dos árbitros, Seneme foi desligado da CBF. Profissionais do apito criticaram a falta de verba para as avaliações presenciais no Rio.
Essas revelações sobre a Gestão de Ednaldo Rodrigues levantam questionamentos sobre as prioridades da CBF. Os gastos com viagens de luxo contrastam com a falta de investimento em áreas importantes.
Via Folha Vitória