Cientistas recriam canoa pré-histórica e exploram viagem antiga

Descubra como cientistas transformaram troncos em canoas e reviveram uma viagem de 30 mil anos atrás.
01/07/2025 às 06:48 | Atualizado há 5 meses
               
Jangada no Pacífico
Pesquisadores japoneses estudam como exploradores enfrentavam correntes oceânicas. (Imagem/Reprodução: Redir)

Em 1947, o explorador norueguês Thor Heyerdahl e sua tripulação desafiaram as convenções marítimas ao embarcar em uma Jangada no Pacífico, construída com madeira de balsa, partindo do Peru com destino à Polinésia. O objetivo era testar a teoria de que culturas sul-americanas antigas poderiam ter alcançado as ilhas do Pacífico. A expedição Kon-Tiki, como ficou conhecida, navegou por milhares de quilômetros durante 103 dias, oferecendo evidências da viabilidade dessa hipotética travessia.

A jornada de Thor Heyerdahl, navegando na Jangada no Pacífico, foi mais do que uma simples aventura; foi uma tentativa de validar uma teoria antropológica audaciosa. A embarcação, uma frágil construção de madeira de balsa, enfrentou as vastas e imprevisíveis águas do Pacífico, demonstrando que era possível para povos antigos da América do Sul alcançarem a Polinésia utilizando embarcações rudimentares.

A expedição de Heyerdahl e sua Jangada no Pacífico, a Kon-Tiki, percorreu uma distância considerável, desafiando as expectativas da época. A viagem de mais de três meses não só testou a resistência da embarcação e da tripulação, mas também reacendeu o debate sobre as possíveis rotas de migração e contato entre civilizações antigas.

A relevância da aventura de Heyerdahl com a Jangada no Pacífico transcende o feito náutico. Ela impulsionou novas investigações sobre as capacidades marítimas de culturas ancestrais e a possibilidade de intercâmbios culturais e migratórios em tempos remotos. O sucesso da expedição Kon-Tiki serviu como um catalisador para a revisão de conceitos pré-estabelecidos sobre a história da navegação e da exploração humana.

A ousadia de Thor Heyerdahl ao navegar na Jangada no Pacífico, construída de madeira de balsa, permanece um marco na história da exploração. Sua jornada não apenas desafiou as teorias convencionais de navegação, mas também abriu caminho para novas perspectivas sobre as interconexões entre diferentes culturas e a engenhosidade humana em enfrentar os desafios do oceano.

Via Folha de São Paulo

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