O asteroide em rota de colisão, denominado 2024 YR4, que anteriormente gerava preocupações sobre um possível impacto com a Terra em 2032, foi analisado detalhadamente com o auxílio do Telescópio Espacial James Webb. Essa análise permitiu refinar as estimativas sobre o tamanho do corpo celeste, fornecendo informações cruciais para avaliar o risco potencial que ele representava.
As medições realizadas pelo Telescópio Espacial James Webb indicaram que o asteroide possui cerca de 60 metros de diâmetro, o que equivale aproximadamente à altura de um edifício de 15 andares. Essa dimensão está dentro da faixa de 40 a 90 metros previamente estimada pelos astrônomos, conforme detalhado em um artigo publicado no Research Notes of the AAS. Apesar do tamanho considerável, o 2024 YR4 já não representa uma ameaça direta para a Terra.
O estudo do asteroide em rota de colisão foi realizado utilizando a Câmera de Infravermelho Próximo (Near-Infrared Camera) e o Instrumento de Infravermelho Médio (Mid-Infrared Instrument) do Telescópio Webb. Esses instrumentos permitiram capturar a luz solar refletida pelo asteroide e analisar o calor emitido por ele. Os dados obtidos não só confirmaram o tamanho do 2024 YR4, mas também sugeriram que sua superfície pode ser composta por rochas de dimensões consideráveis.
Caso o 2024 YR4 colidisse com a Terra, ele viajaria a uma velocidade de 17 quilômetros por segundo, resultando em uma explosão equivalente a 8 milhões de toneladas de TNT. Isso é aproximadamente 500 vezes a potência da bomba atômica lançada sobre Hiroshima. O impacto criaria uma cratera com cerca de 1,2 quilômetros de largura, evidenciando o potencial destrutivo de um asteroide em rota de colisão.
Apesar de não representar mais um perigo iminente, o estudo do 2024 YR4 foi crucial para testar as capacidades do Telescópio Webb na análise de pequenos asteroides. Andy Rivkin, do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, destacou a importância de entender as propriedades de asteroides desse porte para avaliar os riscos que podem representar para a Terra. A experiência adquirida com este estudo será fundamental para futuras análises de outros corpos celestes que possam vir a ameaçar nosso planeta.
Via Forbes Brasil