Nos Estados Unidos, mais de 4 milhões de jovens da Geração Z desempregada não estão estudando nem trabalhando. No Reino Unido, esse número aumentou em 100 mil. Especialistas apontam que a falta de preparo e diplomas inadequados são os principais culpados, indicando que o sistema educacional falha em entregar o que promete aos jovens.
Uma parcela significativa da Geração Z está classificada como NEET, ou seja, não está envolvida em educação, emprego ou treinamento. Embora alguns jovens cuidem de familiares, muitos enfrentam dificuldades no mercado de trabalho, onde empregos qualificados parecem inatingíveis.
Nos EUA, mais de 4,3 milhões de jovens não estudam nem trabalham, enquanto no Reino Unido, o número de NEETs aumentou em 100 mil no último ano. Um comentarista britânico classificou a situação como uma “catástrofe”, culpando o sistema educacional por enviar jovens para universidades com diplomas sem utilidade prática.
Jeff Bulanda, da Jobs for the Future, defende um “alerta” para incluir parceiros educacionais e empregadores. Ele destaca que certos cursos oferecem caminhos mais claros para carreiras estáveis, como na área de saúde, que deve criar mais de um milhão de empregos nos EUA na próxima década.
Milhões de estudantes se formam com diplomas que não garantem empregos, resultando em subemprego e dificuldades financeiras. Apesar do bom retorno sobre o investimento de um diploma universitário a longo prazo, muitos jovens enfrentam dívidas estudantis crescentes em um mercado de trabalho incerto.
É crucial que os jovens possam avaliar o custo-benefício de sua educação e considerar outras opções, como profissões técnicas. Faculdades devem melhorar a comunicação sobre colocação profissional e oferecer apoio em saúde mental e resiliência. Lewis Maleh, da Bentley Lewis, critica o sistema por não cumprir sua promessa, desafiando a ideia de que o ensino superior garante segurança econômica.
A crise da Geração Z desempregada é agravada pelo aumento dos preços, o que impede alguns de aceitarem empregos por não poderem arcar com os custos de transporte e vestuário. A inteligência artificial também impacta o mercado de trabalho, tornando o futuro incerto para muitos jovens. A ONU alerta para a necessidade de motivar os jovens a retornar à educação ou ao mercado de trabalho.
Para resolver a crise da Geração Z desempregada, é preciso aumentar o número de aprendizados e estágios, especialmente para jovens desengajados, e fortalecer as conexões entre empresas e escolas. Uma orientação profissional mais personalizada e eficiente é fundamental para ajudar os jovens a fazer escolhas informadas e a encontrar caminhos acessíveis.
Via InfoMoney