Disputa por música ao vivo em bares gera tensão entre comerciantes e moradores no ES

Música ao vivo em bares: o equilíbrio entre entretenimento e sossego. Entenda o conflito entre comerciantes e moradores e as soluções buscadas. Saiba mais!
24/03/2025 às 12:59 | Atualizado há 1 mês
Música ao vivo em bares
Bares com música ao vivo que desrespeitam a lei enfrentam multa e proibição. (Imagem/Reprodução: Es360)

Em Vila Velha, Espírito Santo, a recente proibição de música ao vivo em um bar reacendeu a discussão sobre os limites entre entretenimento e sossego. A prefeitura, após reclamações de moradores, exige que estabelecimentos se adequem às normas de som. O caso levanta questões sobre o impacto da Música ao vivo em bares na vida noturna e na convivência entre moradores e comerciantes.

A proibição da música ao vivo no Castanheiras Bar, localizado na Praia da Costa, trouxe à tona um debate recorrente: como equilibrar a Música ao vivo em bares com o direito ao sossego dos moradores? O barulho gerado por shows musicais tem sido motivo de inúmeras queixas, levando a prefeitura a intervir e exigir a adequação dos estabelecimentos às normas de som.

No ano anterior, bares no bairro Jardim da Penha enfrentaram situação semelhante. Um empresário ficou 70 dias sem permissão para oferecer música, resultando em prejuízos financeiros e na necessidade de investir em isolamento acústico. A prefeitura, amparada pela legislação, proíbe qualquer som que perturbe a tranquilidade pública, com multas que podem ultrapassar R$ 10 mil.

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam) estabelece limites de decibéis para áreas residenciais e comerciais. Em zonas residenciais, o limite é de 50 decibéis entre 22h e 7h, e 55 decibéis no restante do dia. Para áreas comerciais, o limite diurno é de 65 decibéis, reduzindo para 55 à noite. A fiscalização atua com base em denúncias feitas pelo serviço Fala Vitória 156.

Donos de bares frequentemente alegam perseguição. Kelly Veruska, proprietária do Castanheiras Bar, manifestou sua insatisfação nas redes sociais, argumentando que seu estabelecimento sofre perseguição. A publicação gerou debate, com alguns defendendo a necessidade de adaptação da Praia da Costa à vida noturna e ao turismo, enquanto outros apoiam a proibição em respeito aos moradores.

Um morador ressaltou que o Parque das Castanheiras é um bairro residencial, sugerindo a instalação de palcos com tratamento acústico dentro dos bares como solução. Ele também mencionou o impacto no trânsito e o alto valor do IPTU pago pelos moradores, que esperam ter o direito ao descanso respeitado.

Rodrigo Vervloet, presidente do Sindibares, defende a harmonia entre comerciantes e moradores, com respeito mútuo. Ele destaca os benefícios gerados pelos estabelecimentos comerciais, como a valorização imobiliária e o aumento da segurança, e reforça a importância da cooperação para um ambiente próspero. A busca por um equilíbrio que permita a Música ao vivo em bares sem comprometer o sossego dos moradores continua sendo um desafio para a cidade.

Via ES360

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.