DNA de 7 mil anos revela os habitantes do Saara quando o deserto era verde e fértil

Pesquisa mostra que o Saara já foi um deserto verde e quem o habitava.
06/04/2025 às 10:49 | Atualizado há 3 semanas
Saara muito diferente
Uma comunidade isolada no Saara se alimentava de peixes e criava ovelhas. (Imagem/Reprodução: Super)

Há milhares de anos, o Saara muito diferente do que conhecemos hoje era um lugar habitável, com comunidades que prosperavam. Uma pesquisa recente revelou detalhes surpreendentes sobre quem eram essas pessoas e como viviam em um ambiente tão distinto do deserto atual. A análise de DNA antigo forneceu informações valiosas sobre seus hábitos e origens.

A pesquisa focou em desvendar os mistérios de uma comunidade isolada que habitou o Saara em tempos remotos. Os cientistas analisaram o material genético de restos humanos encontrados na região, buscando entender a relação entre esses indivíduos e outros povos antigos. Os resultados indicam que essa população tinha uma dieta baseada em peixes e também criava ovelhas.

Os estudos genéticos revelaram que essa comunidade possuía características genéticas únicas, que a diferenciavam de outras populações da África e da Europa. A análise do DNA mitocondrial, transmitido de mãe para filho, mostrou que esses indivíduos compartilhavam ancestralidade com povos do Oriente Próximo e da Europa, indicando fluxos migratórios complexos.

Essa descoberta desafia a visão tradicional sobre a história do Saara, mostrando que a região já foi um local de intensa atividade humana. A análise do DNA antigo permitiu identificar as origens e os hábitos de uma comunidade que se adaptou a um ambiente em transformação. A compreensão da história genética dessas populações pode fornecer *insights* valiosos sobre a evolução humana e a adaptação a diferentes condições ambientais.

A pesquisa sobre o Saara muito diferente também levanta questões sobre as mudanças climáticas que transformaram a região em um deserto. As evidências indicam que o Saara já foi uma área verde e fértil, capaz de sustentar comunidades humanas e animais. O estudo do DNA antigo pode ajudar a reconstruir a história ambiental da região e entender como essas mudanças impactaram as populações locais.

Os resultados dessa pesquisa abrem novas perspectivas sobre a história do Saara e a diversidade genética das populações humanas que habitaram a região. A análise do DNA antigo continua a revelar informações surpreendentes sobre o passado, permitindo que os cientistas reconstruam a história da humanidade e compreendam como as pessoas se adaptaram a diferentes ambientes ao longo do tempo.

Via Superinteressante

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.