Entenda o que significa realmente ganhar bem no Brasil em tempos de alta dos preços

Ganhar bem no Brasil: entenda o desafio do alto custo de vida e o que significa ter uma boa renda no país. Saiba mais!
28/03/2025 às 16:51 | Atualizado há 1 mês
Ganhar bem no Brasil
Lula sugere: "Se está caro, não compre" em entrevista às rádios da Bahia. (Imagem/Reprodução: Folhavitoria)

Em fevereiro de 2025, uma declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o **Ganhar bem no Brasil** e o alto custo de vida gerou debates. A sugestão de “não comprar se está caro” levantou questões sobre o poder de compra dos brasileiros e o que realmente significa ter uma boa renda no país, onde o salário-mínimo e a renda média mal suprem as necessidades básicas.

O conceito de “Ganhar bem no Brasil” tem se distanciado da realidade da população, impactando no empobrecimento. Isso está ligado ao poder de compra e à capacidade de suprir necessidades como moradia, alimentação, saúde e educação. As altas taxas tributárias, como o aumento de 175% no preço do abacate em 2024, dificultam o acesso a esses itens essenciais.

De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), o salário-mínimo necessário para sustentar uma família de quatro pessoas em 2025 seria de R$ 7.156,15. Esse valor é quase cinco vezes maior que o salário-mínimo vigente, estimado em R$ 1.518.

As altas taxas e a intervenção governamental representam uma ameaça para a prosperidade da população. O Brasil se tornou um dos países com a maior carga tributária do mundo, representando cerca de 33% do PIB, segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). A interferência do governo na Petrobras, por exemplo, resultou em aumentos de preços e desabastecimento no setor de combustíveis. O preço médio do combustível subiu de R$ 5,56 para R$ 6,15 por litro entre 2024 e 2025, um aumento de aproximadamente 10,6%.

O aumento da quantidade de dinheiro em circulação, sem o devido aumento na oferta de produtos e serviços, também contribui para o empobrecimento. Essa situação causa um aumento nos preços, elevando o custo de vida, enquanto os salários não acompanham esse ritmo, diminuindo o poder de compra. A cesta básica, por exemplo, teve um aumento de 21% para 26,1% entre 2013 e 2023, indicando uma perda de poder aquisitivo. O preço mais que dobrou, passando de R$ 330,00 para R$ 770,00, enquanto o rendimento real aumentou apenas 4,3%.

Uma pesquisa revelou que 88% dos brasileiros consideram a queda do poder de compra sua principal preocupação social em 2024, um índice superior à média global (75%) e latino-americana (86%). A estimativa é que 45,6% dos domicílios permaneçam nas classes D/E até 2031.

Diante desse cenário, a liberdade econômica, o respeito à propriedade privada e o incentivo ao empreendedorismo são apontados como caminhos para um Brasil mais próspero. A expectativa é que, com menos intervenção estatal e mais mercado, seja possível gerar empregos de qualidade, aumentar a renda média da população e garantir que os brasileiros possam arcar com suas necessidades básicas.

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.