Estudo revela limites da IA em respostas sobre câncer

Um estudo analisa a eficácia da IA no entendimento de câncer, alertando para suas limitações e a importância da supervisão médica.
03/09/2025 às 07:22 | Atualizado há 3 meses
               
Riscos de IA na saúde
Ferramenta é precisa em questões gerais, mas falha em terapias recentes. (Imagem/Reprodução: G1)

Um novo estudo avaliou a eficácia da inteligência artificial (IA) em responder perguntas sobre câncer hematológico. Embora a IA possa ajudar na compreensão de conceitos gerais, apresenta limitações significativas em relação a tratamentos mais recentes. Os pesquisadores alertam para os riscos de utilizar a IA como única fonte de informação sobre saúde.

O estudo, realizado por cientistas da Universidade de Miami, testou o ChatGPT 3.5 com dez perguntas sobre o tema. As respostas em temas gerais alcançaram uma média de 3,38 pontos, enquanto as específicas sobre terapias recentes tiveram uma média de 3,06, evidenciando a necessidade de supervisão médica. Os autores ressaltam que a IA deve ser um suporte e não uma substituição à orientação dos profissionais de saúde.

Os pesquisadores veem potencial na tecnologia para auxiliar pacientes a buscarem informações confiáveis. Contudo, enfatizam que a combinação do uso de IA e acompanhamento médico é indispensável para garantir que informações precisas sejam passadas aos pacientes.
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Um estudo recente revelou que, embora a inteligência artificial (IA) como o ChatGPT possa auxiliar na compreensão geral de temas médicos, ela apresenta limitações significativas, especialmente no que se refere a tratamentos e informações mais recentes sobre câncer hematológico. A pesquisa aponta para os Riscos de IA na saúde quando utilizada como única fonte de informação, reforçando a necessidade de supervisão médica.

A pesquisa, publicada na revista científica Future Science OA, avaliou a qualidade das respostas fornecidas pelo ChatGPT 3.5 (versão gratuita da OpenAI) ao responder perguntas médicas sobre câncer hematológico. Os resultados indicam que, apesar de a IA ser útil para entender conceitos gerais da doença, suas respostas não são totalmente confiáveis em relação a tratamentos recentes.

Liderada pelo médico-cientista Justin Taylor, a equipe de pesquisadores da Universidade de Miami submeteu dez perguntas ao ChatGPT. Metade das perguntas eram sobre temas gerais, como efeitos colaterais da quimioterapia, e a outra metade focava em terapias específicas, como inibidores de BCL-2. As respostas foram avaliadas anonimamente por quatro hematologistas e oncologistas, utilizando uma escala de 1 a 5.

Nas perguntas gerais, o chatbot obteve uma média de 3,38 pontos, classificada como “razoável, mas incompleta”. Já nas perguntas sobre terapias mais recentes, a média diminuiu para 3,06 pontos. É importante notar que nenhuma das respostas alcançou a nota máxima (5), evidenciando os Riscos de IA na saúde quando se trata de informações especializadas. Os autores do estudo concluíram que a supervisão médica é indispensável para verificar as informações geradas pela IA antes de serem utilizadas pelos pacientes.

Justin Taylor adverte que, assim como os pacientes recorriam ao Google para tirar dúvidas de saúde no passado, a IA está sendo cada vez mais incorporada ao cotidiano. No entanto, ele ressalta a importância de um ceticismo saudável, especialmente em relação a respostas sobre tipos específicos de câncer e tratamentos. Ele enfatiza que os chatbots não possuem a capacidade de personalizar recomendações ou discutir nuances como os especialistas fazem em consultas.

É fundamental considerar que o estudo avaliou a versão 3.5 do ChatGPT, treinada com dados até 2021. Isso significa que descobertas médicas e terapias lançadas posteriormente não foram consideradas nas respostas. Versões mais recentes do modelo podem apresentar um desempenho diferente, mas a mensagem principal permanece: a IA pode auxiliar os pacientes, mas não deve substituir a orientação de profissionais qualificados.

Apesar das limitações, os pesquisadores vislumbram um potencial para a tecnologia. Os chatbots podem ajudar os pacientes a se prepararem para as consultas, formularem perguntas e localizarem fontes de informação primárias e confiáveis. A Universidade de Miami, por exemplo, está investindo em cursos sobre ética em IA na medicina e em sistemas que utilizam inteligência artificial para diagnóstico de tumores cerebrais e previsão de risco em mieloma múltiplo, minimizando os Riscos de IA na saúde.

Os resultados deste estudo ressaltam que, embora a IA tenha um papel a desempenhar no futuro da saúde, ela não pode substituir o conhecimento e a experiência dos profissionais médicos. A combinação do uso da IA com a supervisão médica é essencial para garantir que os pacientes recebam informações precisas e seguras.

Via G1
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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.