Futebol e publicidade: como a arbitragem ganha destaque como ferramenta de marketing

Saiba como federações estão transformando juízes em representantes do esporte.
04/04/2025 às 07:32 | Atualizado há 4 semanas
Arbitragem no futebol
Arbitragens sul-americanas agora vestem uniformes personalizados como os times. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

No universo do futebol, a busca por novas fontes de receita tem levado as federações a explorarem o **patrocínio na arbitragem no futebol**. Os uniformes dos árbitros, antes espaços neutros, agora exibem marcas em busca de visibilidade. Essa tendência, que já movimenta valores entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão mensais, não se restringe ao Brasil, ganhando espaço também em campeonatos sul-americanos.

A iniciativa de incluir marcas nos uniformes da arbitragem tem se mostrado uma estratégia interessante para diversas empresas. Durante o Campeonato Paulista, por exemplo, marcas como Smart Fit, HiperCap e Unisa estamparam os uniformes dos árbitros. A cabine do VAR também foi utilizada para ações de marketing, com a presença da marca BIS.

Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports, ressalta a relevância da exposição da arbitragem durante as partidas, potencializada pela presença do VAR. Segundo ele, essa visibilidade torna os uniformes dos juízes um atrativo para empresas que buscam investir em publicidade esportiva.

No cenário do futebol mineiro, o campeonato também aderiu à tendência. Empresas como Gerdau, 7K, Ses Senat e Uniube marcaram presença nos uniformes dos árbitros. Renê Salviano, CEO da Heatmap, destaca a importância da repercussão dessas parcerias em programas esportivos e redes sociais, que potencializa o alcance das marcas.

Em 2023, o Brasileirão firmou parceria com a marca italiana Macron para o fornecimento de uniformes para a **arbitragem no futebol**, alinhando o campeonato nacional aos principais torneios europeus. A empresa substituiu a Kappa, em um acordo que valorizou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Na Copa Libertadores, a TCL também investiu em patrocínio, estampando sua marca nos uniformes dos árbitros. Anteriormente, Bridgestone e DHL já haviam ocupado esses espaços. A inserção de marcas nos uniformes da **arbitragem no futebol** levanta questões sobre a ética e possíveis conflitos de interesse.

Reginaldo Diniz, CEO da End to End, argumenta que a presença de marcas nos uniformes dos árbitros não interfere na performance dos juízes. Ivan Martinho, da ESPM, acredita que o mercado pode evoluir, criando histórias que conectem os profissionais do apito aos torcedores de maneira autêntica.

Via InfoMoney

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.