Fundo imobiliário paga R$ 1,72 por cota, mas analista tem novas recomendações

Fundo imobiliário oferece R$ 1,72/cota, mas analistas apontam outras oportunidades no mercado.
14/07/2025 às 08:03 | Atualizado há 5 meses
               
Fundos imobiliários para investir
HSRE11 surpreende investidores com pagamento recorde de R$ 1,72 por cota!. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

O HSI Renda Imobiliária (HSRE11) surpreendeu o mercado com um pagamento recorde de R$ 1,72 por cota, um aumento de 164% em relação aos últimos seis meses. Esse valor, o maior da história do fundo, é resultado da venda de um imóvel em São Luís, Maranhão, por R$ 12 milhões, zerando a vacância do FII. Apesar do alto dividendo, será que vale a pena investir agora?

O HSRE11 chamou a atenção por distribuir um dividend yield anualizado de 10,95% aos cotistas que mantiveram suas posições até 30 de junho. Mas, apesar desse valor expressivo, o fundo ficou de fora da seleção da Empiricus Research. O analista Caio Araujo acredita que existem opções mais promissoras para investir em fundos imobiliários para investir neste semestre.

Todos os meses, Caio Araujo avalia o mercado em busca dos melhores fundos imobiliários para investir, criando uma lista com as cinco maiores oportunidades para os investidores. Em junho, a seleção de Araujo superou o IFIX, com alta de 2,16% contra 0,63%. Agora, a lista foi atualizada para refletir o cenário do segundo semestre, marcado por incertezas e oportunidades.

Um dos pontos analisados por Caio Araujo é a taxa Selic em 15%, que representa um desafio e uma possível virada para o mercado de FIIs. A expectativa é que a taxa básica de juros tenha atingido seu pico, o que pode beneficiar os fundos imobiliários para investir com a estabilização e um possível corte nos próximos anos.

Essa estabilização pode impulsionar a reprecificação dos ativos, especialmente os fundos de tijolo, que estão sendo negociados com descontos. Muitos especialistas acreditam que há oportunidades de valorização antes que a tributação seja implementada. Além disso, a perspectiva de um rali eleitoral em 2026, com um governo focado no equilíbrio fiscal, pode acelerar o mercado de fundos imobiliários para investir.

Existem boas oportunidades tanto em FIIs de tijolo quanto de papel. Os fundos de tijolo, com imóveis bem localizados e alta taxa de ocupação, estão bem posicionados para se beneficiar da estabilização dos juros. Os fundos de papel, atrelados ao CDI, têm mostrado rentabilidade no curto prazo devido à Selic elevada. A combinação desses dois tipos de fundos, com bons fundamentos e governança sólida, é fundamental para uma carteira de sucesso.

A combinação de fundos imobiliários de tijolo e papel pode ser uma estratégia interessante para diversificar e equilibrar a carteira de investimentos. Os fundos de tijolo, que investem diretamente em imóveis físicos, tendem a oferecer maior estabilidade e proteção contra a inflação, enquanto os fundos de papel, que investem em títulos de dívida imobiliária, podem proporcionar retornos mais elevados em um cenário de juros altos.

Por fim, a análise de Caio Araujo, aponta para a importância de considerar o cenário macroeconômico e as particularidades de cada tipo de fundo ao escolher fundos imobiliários para investir. A combinação de diferentes classes de ativos e a busca por bons fundamentos e governança são elementos-chave para uma estratégia de investimento bem-sucedida no mercado de FIIs.

Via Money Times

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.