Google é multado em US$ 425 milhões por violação de privacidade

Decisão judicial condena Google por coletar dados sem consentimento.
04/09/2025 às 15:22 | Atualizado há 3 meses
               
Violação de privacidade do Google
Júri decide contra Google por coleta de dados após desativação de rastreamento. (Imagem/Reprodução: Tecnoblog)

O Google foi condenado a pagar US$ 425 milhões em uma ação coletiva nos EUA devido a violações de privacidade. A empresa é acusada de coletar dados mesmo após usuários desativarem a opção de rastreamento chamado “Atividade na Web e de Apps”. Cerca de 98 milhões de usuários e 174 milhões de dispositivos são afetados pela decisão.

A ação judicial, que começou em 2020, alegou que o Google enganou usuários ao fazer parecer que o rastreamento poderia ser totalmente desativado. Apesar de ter ganho a confiança dos consumidores, o Google continuava a armazenar informações. Os advogados dos demandantes buscavam uma indenização muito maior, superior a US$ 30 bilhões.

Com a condenação, o júri mostrou que o Google falhou em cumprir promessas de privacidade, mas não encontrou má-fé. O caso expõe a pressão sobre as gigantes da tecnologia em relação ao uso de dados pessoais, enquanto o Google promete recorrer da decisão, afirmando que seus métodos sempre foram transparentes.
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O Google foi condenado a pagar US$ 425 milhões em uma ação coletiva nos Estados Unidos, relacionada à violação de privacidade do Google. A acusação central é que a empresa continuou coletando dados de usuários mesmo após a desativação da opção de rastreamento “Atividade na Web e de Apps”. A decisão impacta cerca de 98 milhões de usuários e 174 milhões de dispositivos.

A ação judicial, iniciada em 2020, alegava que o Google induzia os usuários a acreditarem que o rastreamento poderia ser completamente desativado. No entanto, a empresa continuava a armazenar informações, mesmo com a função desativada. Os advogados dos demandantes buscaram uma indenização superior a US$ 30 bilhões.

O júri considerou o Google responsável por duas das três acusações apresentadas, sem constatar má-fé ou transgressão de leis de proteção digital mais rigorosas. Por isso, o montante final da indenização foi estabelecido em US$ 425 milhões. O caso teve como principal autor Aníbal Rodriguez, que alegou que o Google enganava os usuários.

Segundo a acusação, a empresa oferecia controle sobre a coleta de dados, mas mantinha o armazenamento de informações mesmo quando o recurso estava desativado. Os advogados dos consumidores argumentaram que o Google proporcionava apenas uma “falsa sensação de escolha”. Em contrapartida, a defesa do Google sustentou que sempre comunicou que certos dados seriam coletados mesmo com a desativação da função.

A decisão judicial aumenta a pressão sobre as grandes empresas de tecnologia em relação ao uso de dados pessoais. Apesar da ausência de punições adicionais, o júri reconheceu o valor econômico inerente às informações coletadas, mesmo quando os usuários acreditavam ter optado pela privacidade. A Reuters reportou a declaração do porta-voz do Google, José Castaneda, que discorda da decisão.

Castaneda assegurou que as ferramentas de privacidade do Google oferecem controle real aos usuários e que a empresa pretende recorrer da decisão. Em 2023, o Google concordou em pagar US$ 5 bilhões para resolver um processo sobre o modo anônimo do Chrome, admitindo a coleta de dados durante a navegação privada. Na ocasião, comprometeu-se a apagar bilhões de registros.

A violação de privacidade do Google reacende o debate sobre a transparência na coleta de dados e o controle do usuário sobre suas informações. A postura do Google em recorrer da decisão indica que a empresa busca defender suas práticas de coleta de dados e ferramentas de privacidade, alegando que oferecem controle aos usuários. Resta saber qual será o resultado do recurso e como isso afetará a política de privacidade da empresa.

Via Tecnoblog
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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.