A COP30 se aproxima, e Belém debate sua infraestrutura para o evento. Um caso notável é o Hotel COP30, que aumentou drasticamente suas tarifas de R$ 70 para R$ 5.670, enfrentando dificuldades para atrair hóspedes.
Depois de uma primeira tentativa de testar o mercado, o preço das diárias foi ajustado para até R$ 1.910. Mesmo assim, o hotel ainda não contou com nenhuma reserva, o que é preocupante para a capacidade de receber as delegações esperadas.
Os desafios de acomodação na cidade destacam a necessidade de controlar os preços e diversificar as opções. O governador do Pará admite que é fundamental garantir acessibilidade para que o evento seja representativo e o diálogo sobre mudanças climáticas possa acontecer.
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A proximidade da COP30 em Belém intensificou o debate sobre a infraestrutura da cidade para receber o evento. Um caso emblemático é o do Hotel para a COP30, que, após reformas e mudança de nome, elevou drasticamente suas tarifas. O empreendimento, que já operou como motel, ajustou seus preços na tentativa de capitalizar sobre a conferência, mas enfrenta dificuldades para atrair reservas, conforme reportado pela AFP.
Inicialmente, o estabelecimento, antes chamado “Hotel Nota 10”, aumentou os preços de R$ 70 para R$ 5.670 durante o período da COP30 em novembro, conforme noticiado pelo O Globo em agosto. Segundo o gerente do Hotel COP30, Alcides Moura, essa estratégia inicial visava “testar o mercado”.
Os preços foram posteriormente reduzidos para até R$ 1.910 por noite, mas, até o momento, o hotel não registrou nenhuma reserva. A expectativa de Moura é que o Hotel para a COP30, com capacidade para 40 hóspedes, seja alugado integralmente para alguma delegação, embora não existam negociações concretas em andamento, de acordo com a AFP.
A situação de Belém reflete um desafio maior: acomodar os cerca de 50 mil visitantes esperados para a conferência da ONU sobre mudanças climáticas. A combinação do aumento nos preços das diárias e a escassez de opções de hospedagem gera preocupação entre organizadores e participantes, especialmente para delegações com orçamentos limitados. O governo estadual tem investido em infraestrutura e buscado alternativas para aumentar a oferta de acomodações.
As dificuldades logísticas e os altos preços levantaram questionamentos sobre a acessibilidade do evento para diferentes públicos. Organizações ambientais e representantes da sociedade civil alertam que os custos elevados podem restringir a participação de grupos essenciais para o debate climático, comprometendo a diversidade e a inclusão na conferência.
O governador do Pará, Helder Barbalho, assegura que a oferta de acomodações está garantida, mas reconhece a necessidade de controlar abusos nos preços para assegurar uma experiência acessível e representativa da região amazônica. O caso do Hotel para a COP30 ilustra os desafios e tensões em torno da preparação para o evento.
Via InfoMoney
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