Hypera ataca Sanchez, da EMS, e questiona interferência na gestão do Cade

Hypera apresenta petição ao Cade contra Sanchez, da EMS, por tentativa de interferência na gestão.
27/03/2025 às 18:35 | Atualizado há 4 semanas
Hypera ataca Sanchez
Fundo Dodge busca informações estratégicas ao aumentar participação na Hypera. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

Em uma reviravolta no cenário farmacêutico, a **Hypera ataca Sanchez**, da EMS, em uma petição formal submetida ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A Hypera (HYPE3) alega que o Grupo NC, detentor da EMS, busca forçar uma combinação entre as duas gigantes do setor. A acusação surge após o Fundo Dodgers, com Carlos Sanchez como beneficiário final, aumentar sua participação na Hypera para 6,02% do capital.

A Hypera argumenta que o Grupo NC omite suas verdadeiras intenções ao Cade, demonstrando um esforço para influenciar a empresa, ignorando os riscos de concorrência. A petição destaca a tentativa anterior de Carlos Sanchez de unir os negócios do Grupo NC e Hypera, proposta já rejeitada, e que a aquisição de ações pelo Fundo Dodgers seria uma manobra para disfarçar uma investida mais agressiva.

Segundo a Hypera, a posição acionária do Grupo NC, mesmo minoritária, poderia ser utilizada para obter informações confidenciais e sensíveis da Hypera, conferindo vantagens competitivas indevidas. Além disso, a empresa teme que essa participação seja usada para eleger administradores alinhados aos interesses do Grupo NC, comprometendo a independência da gestão.

Com uma participação superior a 5%, a Hypera explica que o acionista ganha o direito de indicar candidatos ao conselho de administração, incluir propostas e convocar assembleias gerais, exercendo influência significativa na companhia. A petição enfatiza a necessidade de uma análise rigorosa do Cade para evitar danos à concorrência, alertando que a aprovação sem cautela pode ter consequências negativas para o mercado.

A movimentação do Grupo NC, segundo a Hypera, tem o objetivo de exercer influência substancial, utilizando sua posição para obter informações concorrencialmente sensíveis e interferir na administração, inclusive através da eleição de administradores de sua confiança. Diante disso, a Hypera requer que o Cade conduza uma análise minuciosa do caso, considerando todos os fatos apresentados, a fim de evitar prejuízos à concorrência.

Via InfoMoney