Analistas da Rosenblatt Securities, em relatório enviado à Reuters, preveem que o **preço do iPhone** nos Estados Unidos pode ter um aumento de até 43%. Esse aumento seria resultado do repasse das novas tarifas de importação impostas pelo governo americano, na época do estudo, liderado por Donald Trump. A medida pode impactar significativamente o bolso do consumidor.
Com a maioria da produção do iPhone concentrada na China, a Apple enfrenta o desafio de absorver os custos adicionais ou repassá-los ao consumidor final. A decisão da empresa poderá influenciar diretamente a competitividade do iPhone no mercado, especialmente em comparação com concorrentes como a Samsung. A gigante sul-coreana tem grande parte de sua produção na Coreia do Sul, que possui tarifas de importação diferentes.
A projeção de aumento no preço do iPhone impacta os modelos mais recentes. O iPhone 16e poderia subir de US$ 599 para US$ 856, enquanto o iPhone 16 passaria de US$ 799 para US$ 1.142. O modelo mais caro, o iPhone 16 Pro Max, poderia chegar a custar US$ 2.300, um aumento considerável em relação aos US$ 1.599 originais.
A estratégia da Apple diante dessas tarifas é incerta. A empresa pode optar por diluir o aumento nos preços, ou aguardar o lançamento de novos modelos, como o iPhone 17, para ajustar os valores. A Apple já transferiu parte de sua produção para o Vietnã e a Índia, mas estes países também foram impactados por novas tarifas, de 46% e 26%, respectivamente.
Neil Shah, cofundador da Counterpoint Research, estima que a Apple precisaria aumentar seus preços em cerca de 30% para compensar totalmente as tarifas de importação. Angelo Zino, analista da CFRA Research, acredita que a Apple pode não conseguir repassar mais de 10% desses custos aos consumidores. Essa indecisão com o preço do iPhone pode afetar as vendas.
A imposição de tarifas sobre produtos importados da China não é uma novidade do governo Trump. Em seu mandato, o ex-presidente já havia implementado medidas semelhantes, buscando incentivar empresas americanas a trazerem sua produção de volta para os Estados Unidos ou para países mais próximos.
A Apple, por sua vez, tem buscado se adaptar a esse cenário. A empresa anunciou que investirá mais de US$ 500 bilhões e criará 20 mil empregos nos EUA. Contudo, ainda não obteve isenções tarifárias para seus produtos, o que mantém a incerteza sobre o futuro dos preços do iPhone. As decisões da Apple em relação ao preço do iPhone são aguardadas com grande expectativa, tanto pelos consumidores quanto pelo mercado.
Via G1