Meta defende uso de IA e afirma que cópias de livros foram ‘uso justo’

Meta alega que copiar livros para IA é um uso justo e legítimo.
25/03/2025 às 21:07 | Atualizado há 1 mês
Uso de IA
Empresa busca resolver disputa por direitos autorais em curso. (Imagem/Reprodução: G1)

A Meta, empresa por trás de plataformas como Instagram, enfrenta um processo nos Estados Unidos sob a acusação de infringir direitos autorais ao utilizar livros para o treinamento de seus sistemas de inteligência artificial. A ação foi movida por autores como Ta-Nehisi Coates e Sarah Silverman, que alegam que a Meta usou versões não autorizadas de suas obras para treinar sua IA, o que levanta debates importantes sobre o Uso de IA e a proteção de direitos autorais na era digital.

Em resposta às acusações, a Meta argumenta que sua utilização dos livros se enquadra no conceito de “uso justo”, uma doutrina legal que permite o uso de material protegido por direitos autorais em certas situações. A empresa justifica que o treinamento da IA Llama tem um caráter transformador, com o objetivo de desenvolver um sistema capaz de auxiliar usuários em diversas tarefas, como tutoria, criação e análise de dados, e que não se limita à replicação das obras originais.

Os autores da ação, por sua vez, contestam essa alegação, afirmando que a Meta busca explorar o conteúdo expressivo de suas obras sem a devida compensação. Eles argumentam que a empresa sistematicamente incorporou cópias integrais de livros pirateados em seus modelos de linguagem (LLMs) para extrair esse conteúdo, o que configura uma clara violação de seus direitos autorais. O caso levanta questões cruciais sobre os limites do uso de IA e a necessidade de proteger a propriedade intelectual de autores e criadores.

A disputa judicial entre a Meta e os autores representa um marco importante na discussão sobre a relação entre inteligência artificial e direitos autorais. A decisão do tribunal poderá estabelecer precedentes significativos sobre o uso de IA e a responsabilidade das empresas de tecnologia em relação ao material utilizado no treinamento de seus sistemas. O desfecho do caso terá implicações para o futuro da criação de conteúdo e a proteção dos direitos autorais na era da inteligência artificial.

O argumento da Meta é que o uso de IA no treinamento do Llama é transformador, pois o sistema visa auxiliar em diversas tarefas, como tutoria personalizada e análise de dados, sem replicar ou substituir a leitura das obras originais. A empresa busca o reconhecimento legal de que sua prática se enquadra nas exceções de uso justo, evitando assim as penalidades por infração de direitos autorais. Este caso jurídico promete ser um divisor de águas, influenciando diretamente como as empresas de tecnologia abordam o treinamento de IA e a proteção da propriedade intelectual no futuro.

Via G1