O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu autorização para Viagem de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, a São Paulo. A permissão abrange o período de 1º a 7 de abril, permitindo que Cid acompanhe sua filha em uma competição esportiva. Mauro Cid é réu em um processo que apura uma tentativa de golpe de Estado, conforme decisão da Primeira Turma do STF.
O pedido de Viagem de Mauro Cid a São Paulo tinha como objetivo acompanhar a filha em uma premiação na categoria “Jovem Cavaleiro” da Confederação Brasileira de Hipismo. A competição está programada para ocorrer nas instalações do Jockey Club de São Paulo, um evento importante para a família.
Na decisão que autorizou a Viagem de Mauro Cid, o ministro Alexandre de Moraes fez questão de frisar que essa autorização não exime o ex-ajudante de ordens do cumprimento de outras medidas cautelares. Entre elas, a proibição de manter contato com outros investigados e a restrição ao uso de redes sociais, medidas que visam garantir a ordem e a segurança do processo judicial em curso.
Além disso, Moraes determinou que a Administração Penitenciária do Distrito Federal encaminhe ao STF um relatório detalhado sobre o monitoramento eletrônico de Cid durante o período da Viagem de Mauro Cid. Esse relatório deve ser entregue em até 48 horas após o retorno de Cid, assegurando o controle e a transparência sobre o cumprimento das condições estabelecidas.
É importante lembrar que Mauro Cid foi preso em maio de 2023, sob a acusação de envolvimento em um esquema de inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 no sistema do Ministério da Saúde. Posteriormente, ele foi solto após firmar um acordo de delação premiada com a Polícia Federal, colaborando com as investigações em andamento.
As investigações apontam que Cid teve participação na elaboração de uma minuta golpista e no planejamento de ações violentas ao lado de militares das Forças Especiais. Ele também teria estado presente em reuniões onde foram discutidos possíveis atentados contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin.
O advogado Mauro Cezar Bitencourt, responsável pela defesa de Cid, alega que seu cliente atuou com dignidade e grandeza, colaborando como delator no processo, sem ter um papel central nos crimes investigados. A autorização para a Viagem de Mauro Cid, portanto, representa um momento delicado dentro do contexto das investigações em que ele está envolvido.
