A aversão a certos alimentos após uma experiência negativa é um fenômeno comum, mas a ciência por trás desse processo revela que ele é muito mais complexo do que imaginamos. Um novo estudo demonstra que essa memória aversiva se forma no cérebro de maneira surpreendentemente semelhante ao reação semelhante ao TEPT (Transtorno de Estresse Pós-Traumático).
Quando passamos mal após ingerir algo, nosso cérebro cria uma associação forte entre o sabor e a experiência negativa. Essa reação semelhante ao TEPT alimentar serve como um mecanismo de defesa, nos alertando para evitar o alimento no futuro. Mas como exatamente o cérebro realiza essa conexão tão duradoura?
Pesquisadores descobriram que a amígdala, região cerebral associada às emoções, desempenha um papel crucial nesse processo. Durante a experiência negativa, a amígdala é ativada e fortalece a conexão entre o sabor do alimento e a sensação de mal-estar. Essa reação semelhante ao TEPT é tão intensa que a simples lembrança do alimento pode desencadear uma resposta aversiva.
O estudo revelou que a reação semelhante ao TEPT envolve a liberação de certos neurotransmissores, como a dopamina, que reforçam a memória aversiva. Além disso, a pesquisa identificou que algumas vias neurais específicas são ativadas durante esse processo, criando um “circuito” de aversão alimentar.
Essa descoberta pode ter implicações importantes para o tratamento de distúrbios alimentares e outras condições relacionadas à aversão alimentar. Compreender os mecanismos cerebrais por trás da reação semelhante ao TEPT pode abrir caminho para terapias mais eficazes, que ajudem a “desaprender” essas associações negativas.
Além disso, o estudo destaca a importância de prestar atenção à forma como o cérebro processa as experiências alimentares. Estar ciente de como as memórias aversivas são formadas pode nos ajudar a evitar associações negativas desnecessárias e a manter uma relação saudável com a comida. Entender a reação semelhante ao TEPT pode nos ajudar a fazer melhores escolhas alimentares.