A Nova Geração do Agro e a Evolução na Aviação

Conheça a nova frota de aeronaves que está revolucionando o agronegócio brasileiro.
06/06/2025 às 12:02 | Atualizado há 6 meses
               
Aviação executiva no agro
A aviação se integra às operações rurais com investimentos em infraestrutura e eventos exclusivos. (Imagem/Reprodução: Forbes)

O setor de Aviação executiva no agro tem demonstrado um crescimento notável, impulsionado pela necessidade de produtores rurais de otimizar tempo e logística. Um exemplo recente desse movimento é a chegada de um Cessna Citation Latitude ao Brasil, um jato executivo avaliado em cerca de US$ 20 milhões. Essa aeronave fez uma parada estratégica em Cuiabá antes de seguir para o Catarina Aviation Show, evidenciando a importância do agronegócio para o setor aéreo.

O uso de aeronaves no agronegócio vai além do transporte, transformando-se em ferramenta essencial para gestão e expansão dos negócios. Rolf de Souza Tambke, da Pioneiro Combustíveis, destaca que o avião se tornou mais eficiente que o trator na pulverização, além de facilitar a atuação de executivos em diversas regiões. Esse cenário tem impulsionado investimentos em infraestrutura e logística, com empresas como a Pioneiro expandindo sua atuação em estados estratégicos como Mato Grosso.

O Brasil se destaca como um dos maiores mercados de aviação executiva, com um crescimento impulsionado pelo setor do agronegócio. A Mordor Intelligence projeta que o mercado de aeronaves executivas na América Latina deve atingir US$ 1,31 bilhão em 2029, evidenciando o potencial desse segmento. Luiz Stumpf, da TAM Aviação Executiva, ressalta que o avião deixou de ser um item de luxo para se tornar um instrumento de trabalho, com produtores investindo em aeronaves para ganhar tempo e eficiência.

Além dos aviões, os helicópteros também ganharam espaço no agronegócio, oferecendo agilidade em deslocamentos curtos e inspeções técnicas em áreas remotas. Daniel Cagnacci, também da TAM Aviação Executiva, observa que muitos produtores rurais optam pela compra de helicópteros antes mesmo de adquirir um avião, devido à menor necessidade de infraestrutura para pousos. Essa combinação de modais aéreos permite que os produtores rurais otimizem suas operações, atendendo tanto rotas médias e interestaduais quanto distâncias curtas e pontuais.

Investimentos em aeroportos particulares, como o da família Maggi Scheffer, demonstram a crescente demanda por infraestrutura de aviação executiva no setor do agronegócio. Eraí Maggi Scheffer destaca que seu aeroporto em Cuiabá visa conectar empresários, investidores e agentes financeiros ao centro da produção agrícola brasileira. Com hangares que abrigam cerca de 70 aeronaves, a maioria pertencente a produtores rurais, esses aeroportos particulares oferecem agilidade e conveniência para executivos que precisam se deslocar rapidamente para reuniões e negociações.

A tendência de crescimento da aviação executiva no agro reflete a profissionalização e a escala alcançada pelos produtores rurais brasileiros. Com a necessidade de gerenciar negócios em múltiplos estados e negociar contratos internacionais, o uso de aeronaves se torna um diferencial estratégico para otimizar tempo e aumentar a eficiência das operações. Feiras agropecuárias se tornaram importantes pontos de encontro para o setor, impulsionando ainda mais a demanda por aviões e helicópteros no agronegócio.

O aumento da demanda por **Aviação executiva no agro** também impulsiona investimentos em infraestrutura e logística. A Pioneiro Combustíveis, por exemplo, tem ampliado sua atuação em estados como Mato Grosso, construindo postos de abastecimento e tanques homologados para atender a crescente demanda do setor. O Brasil possui hoje uma frota de 15.499 aeronaves civis aptas a voar, com o Centro-Oeste se destacando como a segunda maior frota do país.

Via Forbes Brasil

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.