O racismo no futebol ganhou um novo capítulo com a manifestação do São Paulo, que cobrou publicamente a Fifa e a Conmebol por punições mais rigorosas. A iniciativa surge após episódios de discriminação contra Luighi, jogador do Palmeiras na Libertadores Sub-20, e declarações consideradas racistas pelo presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez. O clube paulista defende sanções mais severas para combater o preconceito dentro de campo.
O clube apresentou um documento às entidades com seis sugestões para erradicar o racismo no futebol: perda de pontos, multas financeiras significativas, eliminação de competições em caso de reincidência, responsabilização dos árbitros, criação de um registro de infratores e total transparência nas punições aplicadas. Segundo o clube, é inaceitável que o racismo no futebol seja tratado como uma mera infração administrativa, reforçando a necessidade de encarar o ato como crime.
Em sua proposta, o São Paulo sugere que clubes com torcedores, representantes ou membros da comissão técnica envolvidos em atos racistas sejam punidos com a perda de, no mínimo, três pontos. Essa penalidade pode ser reduzida para um ponto caso os responsáveis sejam identificados e punidos. Adicionalmente, o clube propõe uma multa de US$ 500 mil (R$ 2,8 milhões) para casos como o sofrido por Luighi, com redução para US$ 100 mil (R$ 570 mil) se os culpados forem devidamente punidos.
Ainda de acordo com o clube, a reincidência deve levar à eliminação da competição em disputa, visando evitar a impunidade e desestimular novas ocorrências de racismo no futebol. A medida visa endurecer as sanções e mostrar que a discriminação racial não será tolerada no esporte.
Via Folha Vitória