O uso do aplicativo Signal do governo Trump para comunicações ultrassecretas veio à tona após um incidente inusitado. Jeffrey Goldberg, editor-chefe da revista “The Atlantic”, foi inadvertidamente incluído em um grupo de mensagens onde altos funcionários do governo discutiam planos de guerra, revelando uma falha de segurança.
A inclusão acidental do jornalista em um grupo com o secretário de Estado, o secretário de Defesa e até o vice-presidente dos EUA, onde se discutiam assuntos de extrema confidencialidade, gerou debates sobre a segurança das comunicações governamentais. O jornal *The New York Times* classificou o ocorrido como uma falha extraordinária.
O *Signal* é um aplicativo de mensagens conhecido por seu foco em privacidade e segurança. Ele utiliza criptografia de ponta a ponta, o que garante que apenas os participantes da conversa possam ler as mensagens trocadas. Esse protocolo de segurança foi posteriormente adotado pelo WhatsApp em 2016, ampliando a proteção das comunicações em massa.
Além do envio de mensagens de texto, o *Signal* oferece recursos como chamadas de vídeo, envio de áudios e figurinhas. Sua característica de impedir que usuários sejam encontrados pelo número de telefone atrai pessoas que buscam maior privacidade, como jornalistas, ativistas e informantes.
O aplicativo ganhou notoriedade e foi recomendado por figuras como Elon Musk e Edward Snowden, que valorizam a segurança e a privacidade nas comunicações digitais. O Signal do governo Trump e sua escolha para discussões confidenciais levanta questões sobre os padrões de segurança adotados.
Criado em 2012, o *Signal* é mantido pela *Signal Foundation*, uma organização sem fins lucrativos que busca proteger a liberdade de expressão e garantir a comunicação global segura por meio de tecnologia de código aberto. A revelação de que membros do governo Trump o utilizavam para planejar ações militares destaca a importância da segurança digital no cenário político.
Apesar de ser um aplicativo que preza pela segurança, o incidente com o jornalista Jeffrey Goldberg expôs uma vulnerabilidade no uso do Signal do governo Trump. A falha demonstra que, mesmo com tecnologia de ponta, erros humanos podem comprometer informações confidenciais.
Via G1