O Brasil mantém uma das maiores taxas de juro real do mundo, com cerca de 10%, resultado da Selic em 15% e inflação projetada em 4,5%. Mansueto Almeida, do BTG Pactual, prevê que a economia brasileira seguirá crescendo, mesmo diante desses juros elevados.
Almeida destaca que o ciclo de cortes de juros pode começar já em janeiro de 2026, diferente do esperado pelo mercado. Ainda assim, a Selic deve cair para cerca de 12%, mantendo a taxa real elevada em torno de 8%, o que limita as condições financeiras.
Apesar do cenário restritivo, o economista projeta crescimento do PIB em 2% para 2025, impulsionado sobretudo pela safra agrícola e consumo das famílias. Contudo, ressalta que a alta dívida pública e o risco fiscal aumentam os juros de longo prazo, gerando desafios econômicos para o Brasil.
Com uma das maiores taxas de juro real no Brasil, o país se destaca no cenário econômico global. Segundo Mansueto Almeida, economista-chefe do BTG Pactual, a atividade econômica brasileira deve se manter positiva, mesmo diante de uma taxa de juros tão elevada, embora ele preveja uma desaceleração para este ano e para 2026.
Almeida explica que a taxa Selic de 15% e a inflação esperada de 4,5% resultam em um juro real no Brasil de aproximadamente 10%. Apesar das taxas elevadas, o economista acredita que o ciclo de cortes pode começar em breve, possivelmente já em janeiro, contrariando projeções do mercado que apontam para março.
As expectativas do Copom indicam apostas em cortes de 0,25 ponto percentual na primeira reunião de 2026, cotadas a R$ 33,50, e de 0,50 ponto, a R$ 25,50. Para março, as apostas nos mesmos patamares valem R$ 26,50 e R$ 44,50, respectivamente. Segundo Almeida, modelos semelhantes aos utilizados pelo Banco Central já sinalizam espaço para flexibilização em breve.
Mesmo com a esperada queda da Selic para cerca de 12% em 2026, o juro real no Brasil ainda permaneceria alto, em torno de 8%. Apesar das condições financeiras restritivas, Almeida projeta um crescimento do PIB de 2% para 2025, impulsionado pelo desempenho do primeiro semestre, com destaque para a safra agrícola.
O economista ressalta que, mesmo com o avanço do consumo das famílias, persistem problemas estruturais, como a alta taxa de juros de longo prazo devido ao risco fiscal. Segundo ele, o elevado juro real no Brasil de longo prazo contribui para o crescimento da dívida pública, representando um desafio para a economia.
Via Money Times