O cenário político do Espírito Santo para as Eleições ES 2026 está em plena ebulição. Enquanto o governador Renato Casagrande (PSB) está de férias, seu vice, Ricardo Ferraço (MDB), assume o governo em exercício. Em meio a essa movimentação, Ferraço sancionou uma lei que cria linha de crédito para construção de barragens, o que, metaforicamente, ilustra a complexidade da situação política atual.
Ferraço é o candidato apoiado por Casagrande para sucedê-lo. Contudo, três fatores podem comprometer a solidez desse plano: as ambições de Euclério Sampaio (MDB), prefeito de Cariacica; a saída de Arnaldinho Borgo (ex-Podemos), prefeito de Vila Velha, de seu partido; e a nova federação entre PP e União Brasil. Essas são as “trincas” que podem abalar a estrutura do projeto para as Eleições ES 2026.
Para Ferraço, a manutenção da ampla coalizão que apoia Casagrande é crucial para o sucesso nas Eleições ES 2026. A unidade partidária e o apoio de figuras importantes como Josias da Vitória (PP), Gilson Daniel (Podemos), Sérgio Vidigal (PDT), Euclério Sampaio e Arnaldinho Borgo são vitais para sua candidatura. Ferraço já declarou apoio a qualquer um desses nomes e se colocou à disposição para receber o apoio deles. Casagrande também reforça a importância da união, destacando a tradição de alianças políticas no estado.
Euclério Sampaio, entretanto, tem se movimentado para uma possível candidatura própria ao governo do estado. Sua movimentação tem se intensificado, com maior presença em eventos e encontros com lideranças. Ele acredita ser um forte concorrente, capaz de atrair votos de Pazolini. Mas só disputará caso Casagrande não confirme Ferraço como candidato único, mantendo seu apoio caso contrário.
Arnaldinho Borgo também alimenta o desejo de concorrer nas Eleições ES 2026. Sua recente desfiliação do Podemos amplia suas opções e a possibilidade de escolher uma legenda que lhe dê mais poder. Borgo reconhece a importância do momento político e a necessidade de se consolidar. Por ora, declara apoio a Ferraço e participa de eventos ao lado de Casagrande.
A formação da federação entre PP e União Brasil, liderada por Josias da Vitória, adiciona mais uma camada de complexidade ao cenário das Eleições ES 2026. Da Vitória afirma que manterá o diálogo com Casagrande, mas não garante apoio a Ferraço. A federação PP/União amplia o poder de barganha nas negociações políticas, podendo até lançar um candidato próprio.
O grupo de Pazolini aposta que a candidatura de Ferraço não é unanimidade dentro do grupo de Casagrande. Enquanto isso, aliados de Casagrande defendem a estratégia de manter outras lideranças em evidência como alternativa caso a candidatura de Ferraço não se concretize.
Via ES360
