Membro do BCE afirma que ainda há espaço para redução de juros
Um integrante do BCE revela que há margem para novos cortes de juros, impactando economias globais. Saiba mais.
Em Paris, François Villeroy de Galhau, membro do Banco Central Europeu (BCE), sinalizou que, apesar das incertezas econômicas globais provocadas pelas políticas de tarifas de Donald Trump, ainda existe espaço para novos cortes de juros pelo banco na Europa, impulsionados pela inflação mais baixa na zona do euro. Villeroy, que também lidera o Banco da França, expressou preocupação com os impactos negativos das políticas de Trump tanto na economia dos EUA quanto mundial.
Villeroy criticou as políticas protecionistas, argumentando que elas resultam em menor crescimento e maior inflação. Apesar das preocupações com a economia dos Estados Unidos, ele reafirmou sua confiança na resiliência econômica da França e da Europa, indicando que não antecipa uma recessão nessas regiões, especialmente com a inflação em declínio.
O integrante do BCE destacou que o banco ainda possui uma margem para realizar ajustes graduais nas taxas de juros. Essa declaração ocorre em um momento em que as autoridades do BCE estão avaliando a possibilidade de reduzir as taxas de juros em junho, com base na trajetória descendente da inflação.
Fontes indicaram que, embora haja uma expectativa crescente para um corte de juros pelo banco em junho, não há um consenso para uma mudança drástica na política monetária. O BCE já implementou uma redução em sua taxa de referência, fixando-a em 2,25% neste mês.
O cenário econômico global permanece incerto, com as políticas comerciais dos EUA gerando apreensão em diversos mercados. A postura do BCE, no entanto, sugere uma abordagem cautelosa e focada na estabilidade econômica da zona do euro, com possíveis ajustes nas taxas de juros para mitigar os riscos e sustentar o crescimento.
Índice de Confiança da Indústria cai 0,4 ponto em abril, aponta FGV
O Índice de Confiança da Indústria registrou queda de 0,4 ponto em abril, chegando a 98,0 pontos, segundo a FGV.
Em abril, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) apresentou uma leve retração de 0,4 ponto, atingindo 98,0 pontos, conforme dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV). A média móvel trimestral também registrou um pequeno recuo de 0,2 ponto, fixando-se em 98,2 pontos. Esse resultado reflete uma postura de cautela por parte dos empresários do setor.
Stéfano Pacini, economista do Ibre/FGV, ressalta que a diminuição do ICI é consequência do aumento no nível dos estoques, que, embora tenham apresentado uma piora, ainda se mantêm em patamares considerados normais. No que se refere ao futuro, observa-se uma estabilização das expectativas, após um período de certo pessimismo em relação aos negócios nos próximos seis meses.
Pacini também aponta para uma deterioração expressiva nos segmentos industriais ligados à demanda externa, com destaque para os bens intermediários. O aumento da incerteza no cenário global, em decorrência de medidas implementadas pelo governo americano, tende a impactar de forma negativa o ânimo dos empresários.
Adicionalmente, o ciclo de elevação da taxa de juros, aliado à expectativa geral de desaceleração da economia, deve se refletir em um cenário desafiador para a indústria em 2025, especialmente no segundo semestre. É um momento que exige atenção e adaptação por parte dos agentes econômicos.
A FGV também informou que o Índice de Situação Atual (ISA) teve uma contração de 0,4 ponto, chegando a 100,1 pontos. Paralelamente, o Índice de Expectativas (IE) também apresentou um recuo de 0,4 ponto em abril, atingindo 96,0 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (Nuci), por sua vez, registrou um avanço de 1,5 ponto percentual, alcançando 83%. Esse é o maior nível desde setembro de 2024, quando o Nuci atingiu 83,4%.
Apesar do aumento no Nuci, a cautela permanece entre os empresários, refletida na leve queda do Índice de Confiança. A indústria brasileira segue atenta às dinâmicas do mercado global e aos desafios internos para manter seu desempenho.
Brasil registra déficit em conta corrente de US$ 2,245 bilhões em março, segundo BC
Brasil teve déficit em conta corrente de US$ 2,245 bilhões em março, segundo dados divulgados pelo Banco Central.
Em março, o Brasil registrou um déficit em conta corrente de US$2,245 bilhões, conforme dados divulgados pelo Banco Central. Esse resultado eleva o déficit acumulado nos últimos 12 meses para o equivalente a 3,21% do Produto Interno Bruto (PIB), indicando um aumento nas necessidades de financiamento externo do país. A seguir, vamos detalhar os fatores que influenciam essa balança e o que esperar dos próximos meses.
A pesquisa Reuters com especialistas financeiros previu um déficit ainda maior para março, na ordem de US$2,95 bilhões. Apesar de o valor real ter ficado abaixo da estimativa, o resultado ainda demonstra um desequilíbrio nas contas externas brasileiras. É importante entender como os investimentos e outras transações impactam esse cenário.
No mês analisado, os investimentos diretos no país (IDP) totalizaram US$5,990 bilhões. Esse montante ficou abaixo dos US$8,539 bilhões que haviam sido projetados pela pesquisa. A diferença entre o IDP realizado e o projetado pode ser um sinal de cautela dos investidores estrangeiros.
O **déficit em conta corrente** é um indicador que reflete a saúde das transações de um país com o resto do mundo. Ele considera a balança comercial (exportações menos importações), os serviços (como turismo e transporte) e as rendas (juros, lucros e dividendos). Um **déficit** indica que o país está gastando mais do que está ganhando em suas transações internacionais.
Manter um **déficit em conta corrente** sob controle é crucial para a estabilidade econômica, pois um **déficit** elevado pode levar à desvalorização da moeda e aumentar a dependência de capital externo. O governo e o Banco Central monitoram de perto esses números para ajustar as políticas econômicas e garantir a sustentabilidade das contas externas do país. As flutuações nas taxas de câmbio também desempenham um papel importante nesse cenário.
O **déficit em conta corrente** pode influenciar diversas áreas da economia. Por exemplo, um **déficit** persistente pode pressionar o governo a aumentar as taxas de juros para atrair investimentos estrangeiros, o que pode ter um impacto negativo no crescimento econômico. É um equilíbrio delicado que requer atenção contínua e estratégias bem definidas.
Faturamento das PMEs cai 1,2% no primeiro trimestre, pior desempenho em quatro anos
Faturamento das pequenas e médias empresas recua 1,2% no primeiro trimestre, marcando o pior resultado desde 2019. Saiba os detalhes.
O primeiro trimestre de 2025 trouxe resultados preocupantes para as PMEs brasileiras. O Desempenho PMEs brasileiras 2025, medido pelo IODE-PMEs (Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs), retraiu 1,2% em relação ao mesmo período de 2024. Este é o pior índice desde o final de 2021, piorando a queda de 1,5% vista no último trimestre de 2024.
Cenário Macroeconômico e Impacto nas PMEs
Felipe Beraldi, economista da Omie, atribui essa desaceleração ao cenário macroeconômico. Apesar do crescimento da renda familiar, as incertezas fiscais e os juros altos limitam o consumo. A alta dos juros, combinada com a instabilidade econômica interna e externa, dificulta o crescimento das PMEs.
Setores em Queda e o Crescimento do Comércio
Indústria e infraestrutura sofreram os maiores impactos. A indústria teve queda de 5,8% no faturamento. A queda atingiu 15 dos 23 subsetores analisados, incluindo metalurgia e madeira. A infraestrutura retraiu 3,3% após alta de 9,7% no fim de 2024. Construção civil e seus serviços especializados contribuíram para essa queda.
Em contraste, o comércio se destacou positivamente, com crescimento de 7,9%. O destaque vai para o comércio atacadista, com alta de 10,2%. Setores como bebidas e reciclagem de papel tiveram bom desempenho. O varejo, porém, caiu 1,3% após recuperação no segundo semestre de 2024.
Impacto da Confiança do Consumidor
A confiança do consumidor caiu 7,6% entre dezembro de 2024 e fevereiro de 2025. Essa queda impacta diretamente as PMEs, reduzindo as vendas e dificultando a recuperação dos negócios. O setor de serviços, principal mercado das PMEs, manteve-se estável, com leve queda de 0,2%. Áreas como alimentação e serviços técnico-científicos desaceleraram. No entanto, informação, comunicação, transporte e armazenagem cresceram.
Desempenho Regional
As regiões brasileiras apresentaram resultados diferentes. Sudeste e Centro-Oeste cresceram 0,6% e 2,5%, respectivamente. Norte e Nordeste tiveram quedas expressivas, de 10,4% e 3,5%. O Sul também retraiu 3,5%, mostrando a desigualdade no Desempenho PMEs brasileiras 2025.
Perspectivas para o Futuro das PMEs
Apesar do cenário adverso, a projeção é de crescimento para as PMEs em 2025, alinhado à expectativa de 2% de crescimento do PIB. Este crescimento, no entanto, será mais moderado, acompanhando a economia do país. A resiliência do comércio e a adaptação de alguns serviços indicam um potencial de recuperação. O desempenho das PMEs dependerá da estabilidade macroeconômica e das políticas de apoio a este setor vital para a economia brasileira.
O que é o webOS? Conheça os recursos do sistema das TVs LG
Entenda o que é o webOS e quais recursos ele oferece nas TVs LG. Saiba mais sobre essa tecnologia exclusiva.
O que é webOS? É um sistema operacional baseado em Linux, desenvolvido pela LG Electronics, que se destaca pela sua versatilidade e conectividade. Originalmente criado para dispositivos móveis, o webOS evoluiu e se consolidou como uma plataforma essencial para smart TVs, eletrodomésticos e sistemas automotivos, proporcionando uma experiência de usuário intuitiva e integrada.
O webOS surgiu em 2009, idealizado pela Palm Inc., e posteriormente foi gerenciado pela HP. Em 2013, a LG assumiu o controle do sistema operacional, expandindo sua aplicação para diversos dispositivos eletrônicos. Essa trajetória demonstra a adaptabilidade do webOS, que se tornou um componente chave na estratégia de inovação da LG.
Inicialmente concebido para celulares, o webOS encontrou seu espaço em smart TVs, geladeiras e sistemas automotivos. Essa transição demonstra a flexibilidade do sistema operacional, que se adapta às necessidades de diferentes tipos de aparelhos. A interface do webOS facilita o acesso a aplicativos e serviços online, tornando a experiência do usuário mais eficiente.
Entre os principais recursos do webOS, destacam-se a interface intuitiva, que facilita a navegação, e a conectividade, que permite a integração com outros dispositivos, especialmente os da LG. Além disso, a versão open source do sistema operacional possibilita que desenvolvedores criem projetos personalizados.
O webOS oferece diversas vantagens, como a facilidade de uso e a integração entre dispositivos. No entanto, também apresenta algumas desvantagens, como a limitação de aplicativos compatíveis e a lentidão em aparelhos mais antigos. Apesar dessas limitações, o webOS continua sendo uma das principais opções no mercado de sistemas operacionais para smart TVs.
No mercado de sistemas operacionais, o webOS concorre com o Tizen (da Samsung), Android TV (do Google), FireOS e RokuOS. Cada um desses sistemas possui suas particularidades, mas o webOS se destaca pela sua interface amigável e pela integração com o ecossistema da LG.
O webOS e o Tizen são sistemas operacionais concorrentes, ambos baseados em Linux. O webOS é utilizado em smart TVs da LG, enquanto o Tizen é encontrado em dispositivos da Samsung. Ambos os sistemas são compatíveis apenas com aplicativos de suas respectivas lojas.
Em relação ao Android TV, o webOS se diferencia por ser um sistema operacional próprio da LG, enquanto o Android TV é desenvolvido pelo Google. Os televisores com Android TV oferecem acesso à Google Play Store, o que proporciona uma maior variedade de aplicativos.
Com a constante evolução da tecnologia, o webOS continua a se adaptar e a oferecer novas funcionalidades para seus usuários. A LG mantém o compromisso de desenvolver o sistema operacional, garantindo que ele continue relevante no mercado de dispositivos inteligentes.
FZF Capital afirma que o pior momento das fusões e aquisições já passou para startups
Segundo a FZF Capital, o período mais crítico das fusões e aquisições já ficou para trás, trazendo alívio para o mercado de startups.
O Mercado M&A de tecnologia, assim como o cenário de startups e venture capital, enfrentou dificuldades recentes. As operações e seus valores diminuíram. Mas, segundo Kauê Pires, sócio da FZF Capital, o período mais crítico parece ter passado. A FZF Capital, boutique de M&A especializada em tecnologia, acumula sucessos como a venda da Flexpag para o Serasa Experian e a aquisição da CobranSaaS pela Celcoin. Com 80% de transações bem-sucedidas, a empresa supera a média do mercado.
Para Kauê, o profundo entendimento de ambos os lados em negociações de M&A em tecnologia gera resultados superiores. A compreensão das operações de comprador e vendedor, e de como a aquisição agrega valor estratégico, é crucial. Dados da FZF Capital indicam recuperação no Mercado M&A de tecnologia brasileiro. O volume anunciado até março de 2025 ultrapassou R$ 1,3 bilhão, um aumento de mais de 100% em relação aos R$ 600 milhões do mesmo período em 2024.
O número de operações também cresceu significativamente. Foram 58 transações entre janeiro e março de 2025, representando uma alta de mais de 87% sobre as 31 do primeiro trimestre de 2024. Kauê acredita que o período entre agosto de 2023 e agosto de 2024 marcou o ponto mais baixo. Com mais de 20 transações em fevereiro e março de 2025, meses tipicamente fracos no Brasil, a recuperação se consolida.
As altas taxas de juros, porém, impactam o ritmo de crescimento do Mercado M&A de tecnologia. A Selic em 14,25% e projeções de 15% até o final do ano dificultam a aceleração do mercado. Embora as transações de M&A geralmente tenham importância estratégica independente da macroeconomia, Kauê ressalta que os juros afetam os preços dos ativos.
A precificação de uma empresa, explica Kauê, considera o lucro trazido a valor presente com uma taxa de desconto. Juros acima de 10% ao ano tornam mais vantajoso deixar o dinheiro parado do que investir em um ativo com retorno menor. O custo para quem precisa de empréstimos para aquisições também se eleva. Outro obstáculo é a expectativa irreal de alguns vendedores. Ainda há quem espere valores semelhantes aos de 2021 e 2022, o que paralisa as negociações.
A FZF Capital também observou aumento de cerca de 60%, tanto em volume quanto em número, nas rodadas de investimento. Esse dado reforça a tendência de recuperação do mercado de tecnologia após períodos de crise. O Mercado M&A de tecnologia dá sinais claros de retomada. Apesar das dificuldades impostas pelos juros altos, o setor se reaquecia, impulsionado por fusões e aquisições estratégicas. Acompanhar os próximos meses será crucial para confirmar a consolidação desse movimento.
Warren Buffett vendeu ações da Apple antes de anúncio de tarifas de Trump
Warren Buffett vendeu ações da Apple pouco antes de Trump anunciar tarifas. Será coincidência ou estratégia? Descubra aqui.
Ao longo dos anos, Warren Buffett se tornou um dos maiores investidores da **Apple** (*AAPL34*), transformando a empresa na principal posição do portfólio da Berkshire Hathaway. Recentemente, Buffett diminuiu sua participação na Apple, levantando questões sobre os motivos por trás dessa decisão, especialmente considerando as tensões comerciais entre os EUA e a China, que afetam diretamente a empresa fundada por Steve Jobs.
Em 2012, antes mesmo de investir na Apple, Steve Jobs procurou Buffett para pedir conselhos sobre o excesso de caixa da empresa. Buffett recomendou um programa de recompra de ações, que só foi implementado após a transição para Tim Cook, com a recompra de centenas de bilhões de dólares em ações.
A Berkshire Hathaway se tornou acionista da Apple no início de 2016, investindo mais de US$ 1 bilhão, o que representava 0,2% da empresa na época. Em 2019, Tim Cook mencionou que não tinha conhecimento do interesse de Buffett na Apple. Segundo Cook, Buffett via a Apple como uma empresa de consumo, o que era fundamental para a forma como a empresa queria ser vista pelos seus consumidores.
Buffett vendeu Apple antes do anúncio de novas tarifas de importação pelos Estados Unidos, o que colocou a empresa em evidência. Essa decisão gerou especulações sobre se o investidor previu os impactos dessa política na Apple.
A primeira vez que a Apple apareceu no portfólio da Berkshire foi no primeiro trimestre de 2016, com 9,8 milhões de ações, totalizando um valor de mercado de R$ 1,069 bilhão, cerca de 0,8% da carteira da Berkshire. No quarto trimestre de 2017, a Apple já dividia com a Wells Fargo o maior peso no portfólio da gestora, com a Berkshire possuindo 165,3 milhões de ações.
No ano de 2020, a Berkshire quase quadruplicou o volume de ações da Apple em sua carteira, passando de 245 milhões para 887 milhões de papéis. No segundo trimestre de 2023, a Apple representava 51% do valor do portfólio da Berkshire, com a gestora detendo 915 milhões de ações.
Em 2024, o volume de ações da Apple no portfólio da Berkshire foi reduzido a um terço do pico alcançado no ano anterior. Em fevereiro, a gestora possuía 300 milhões de papéis, que ainda representavam o maior peso da carteira, com 28% do valor total.
Além da Apple, a Berkshire Hathaway também reduziu posições em outras empresas, como Bank of America, Citigroup e Nu Holdings, encerrando 2024 com um caixa recorde de US$ 334,2 bilhões. Buffett não explicou os motivos das vendas na carta anual aos acionistas, mas mencionou que os recursos em caixa continuariam sendo investidos em ações, embora as opções de alocação estivessem limitadas.
Um especialista da gestora WHG, Guilherme Novello, sugere que a redução na exposição da Berkshire às ações da Apple pode ser devido ao preço, que já não está considerado barato. As ações da Apple possuem dois suportes de demanda: a recompra contínua de ações pela própria empresa, que reduz a quantidade em circulação, e os investimentos passivos, como fundos de previdência que replicam o índice S&P 500.
Ainda segundo Novello, a velocidade de inovação da Apple diminuiu, assim como sua capacidade de cobrar mais por novos modelos de seus aparelhos. Ele também destaca a alta penetração de smartphones no mercado global, limitando os ganhos de participação de mercado.
A decisão de Buffett vendeu Apple aconteceu antes do início da guerra tarifária entre os Estados Unidos e a China, o que pode ter influenciado as perspectivas de crescimento da companhia.
A Apple possui uma relação simbiótica com a manufatura chinesa desde o lançamento do iPhone. A empresa construiu uma complexa operação de suprimentos e manufaturas na China, difícil de ser separada. Há alguns anos, a Apple começou a transferir a montagem de iPhones para a Índia, como resposta às tensões comerciais.
A Apple obteve isenção do tarifaço de 145% dos Estados Unidos para eletrônicos como o iPhone, o que, caso fosse aplicado, aumentaria seus custos de produção em 30%. Os esforços da Apple para migrar a produção para fora da China enfrentam dificuldades, como a falta de mão de obra qualificada e uma cadeia de suprimentos integrada.
Aproximadamente dois terços do faturamento da Apple provêm da venda de dispositivos, com as vendas de iPhone representando 56% das receitas entre outubro e dezembro do ano passado. No entanto, o crescimento da linha de produtos tem sido modesto, enquanto a linha de serviços (App Store, iCloud e publicidade) apresenta expansão.
Em termos de investimentos, a Apple parece estar atrás de outras big techs, o que dificulta a identificação de novas avenidas de crescimento. A relação entre crescimento de lucros e preço pode não ser vantajosa para o investidor.
A Apple está subinvestida na corrida de inteligência artificial, e não está clara a integração da tecnologia com seus produtos. As diretrizes de privacidade da Apple também dificultam essa integração, já que a Siri tem acesso limitado aos dados do usuário.
Questões regulatórias envolvendo o Google também representam um risco. O Google paga cerca de US$ 20 bilhões à Apple para tornar seu buscador a opção padrão nos dispositivos da companhia. A conclusão de que o Google é um monopólio pode levar à proibição de acordos de distribuição exclusiva, impactando significativamente os lucros da Apple.
A Comissão Europeia aplicou multas bilionárias às big techs por violações da nova legislação antitruste, incluindo a Apple, que foi multada por não permitir que desenvolvedores direcionem usuários a opções de compra fora da App Store. Essas multas podem prejudicar o resultado da Apple e impor cautela.
A divulgação do balanço do segundo trimestre fiscal de 2025 da Apple está prevista para ocorrer em breve, com expectativas de que as projeções da empresa sejam revisadas para baixo.
Considerando a relação da Apple com a China e a desaceleração econômica, a empresa pode reduzir ou suspender a divulgação do guidance, seguindo o exemplo da Tesla.
Tecnologia de Pernambuco converte resíduo tóxico do jeans em fertilizante agrícola
Pesquisadores pernambucanos transformam resíduo tóxico da indústria do jeans em fertilizante agrícola sustentável. Saiba como!
Em Pernambuco, pesquisadoras da UFPE criaram uma solução para o problema do lodo tóxico da indústria têxtil. A startup Germini transforma esse resíduo em Lodo têxtil para biofortificante, um revestimento para sementes que acelera a germinação. Este projeto busca conciliar produção têxtil e sustentabilidade.
O agreste pernambucano, com destaque para Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe e Toritama, concentra um importante polo têxtil. Entretanto, a lavagem do jeans gera um lodo tóxico, prejudicial ao meio ambiente. Jéssica Vasconselos, CEO da Germini, alerta para os impactos negativos, principalmente devido ao descarte inadequado por algumas lavanderias. Das mais de 800 lavanderias da região, menos da metade realiza o tratamento de efluentes corretamente.
A Germini coleta o lodo, composto por fibras sintéticas e naturais (algodão e poliéster). Após secagem e purificação, o material passa por síntese térmica em altas temperaturas. Esse processo gera nanopartículas de carbono, que se transformam em um gel. Este gel, o Lodo têxtil para biofortificante, envolve as sementes, como as de feijão, otimizando seu desenvolvimento.
Testes com o Lodo têxtil para biofortificante mostraram resultados promissores. A germinação das sementes tratadas foi até dois dias mais rápida, e as plantas apresentaram maior vigor. Jéssica Vasconcelos destaca que o crescimento acelerado resulta em plantas mais fortes, com maior potencial produtivo.
Atualmente, a Germini processa até 10 kg de lodo têxtil por vez em escala experimental. A startup firmou parceria com a lavanderia Nossa Senhora do Carmo, em Caruaru. A equipe busca investimentos para expandir a produção e atender a demanda do mercado. O objetivo é escalar a tecnologia e oferecer uma solução efetiva para o problema do lodo têxtil.
A tecnologia da Germini tem potencial para ser aplicada em outros setores além do têxtil. Resíduos orgânicos da indústria alimentícia e de usinas de cana-de-açúcar poderiam ser tratados com o mesmo método. A ideia surgiu em 2022, durante a disciplina “Projeto de Inovação” da UFPE. Com mentoria dos professores Severino Alves e João Bosco Paraíso da Silva, as alunas desenvolveram o projeto, agora incubado no Parque TeC da universidade. As pesquisadoras finalizam testes de campo na UFPE e, em breve, iniciarão experimentos com agricultores. A Germini busca contribuir para um futuro mais sustentável na agricultura e na indústria têxtil.
Aprenda como a física pode ajudar a preparar o café coado ideal, com dicas práticas e científicas para o dia a dia.
O consumo de café em escala global atinge a marca de um bilhão de xícaras diárias, abrangendo uma vasta gama de métodos de preparo. Desde a tradicional prensa francesa até o moderno cold brew, cada método atende a diferentes paladares e preferências, impulsionando essa impressionante estatística de consumo.
O apreço global pelo café se manifesta em diversas preparações, cada uma com suas particularidades. A prensa francesa, conhecida por sua simplicidade e sabor encorpado, o espresso, famoso por sua intensidade e rapidez, e o cold brew, que conquista apreciadores com sua suavidade e baixa acidez, são apenas alguns exemplos da variedade disponível.
A diversidade no preparo do café reflete a busca constante por novas experiências sensoriais. A escolha do método de preparo influencia diretamente no sabor final da bebida, permitindo que cada pessoa encontre a opção que melhor se adapta ao seu gosto. Essa variedade é um dos pilares que sustentam o alto consumo de café mundial.
O consumo de café em grande escala demonstra a importância da bebida no dia a dia das pessoas. Seja para despertar pela manhã, para um momento de pausa durante o trabalho ou para um encontro social, o café se faz presente em diversas situações, consolidando-se como uma das bebidas mais populares e consumidas em todo o mundo.
A contínua inovação e a busca por aprimoramento nos métodos de preparo prometem manter o consumo de café em alta. Novas tecnologias e técnicas surgem constantemente, visando otimizar a extração de sabor e proporcionar experiências ainda mais ricas e personalizadas aos amantes do café.
O futuro do consumo de café parece promissor, com a crescente valorização da qualidade e da sustentabilidade na produção. A preocupação com a origem dos grãos, as práticas de cultivo e o impacto ambiental ganham cada vez mais espaço, impulsionando um mercado mais consciente e responsável.
InfoMoney lança seleção exclusiva de reportagens e análises
Conheça a nova curadoria do InfoMoney com reportagens e análises exclusivas para você se informar melhor.
O InfoMoney Premium, a mais recente inovação do InfoMoney, já está disponível para assinantes, oferecendo uma curadoria de conteúdo exclusiva. A plataforma, reconhecida por seu ecossistema de informações sobre economia, investimentos e negócios, lança este serviço para entregar diretamente aos leitores uma seleção criteriosa dos melhores artigos, entrevistas e análises financeiras. Este lançamento visa atender às necessidades de quem busca informações relevantes para se destacar no mundo dos investimentos e negócios.
O InfoMoney comemora 25 anos de história, marcados pela campanha “A economia fala. O InfoMoney traduz”, que foi exibida no telão da Nasdaq em Nova York. Desde o início, em 2000, o portal tem se dedicado a democratizar o acesso a conteúdos financeiros de qualidade. Em 2024, alcançou 95,2 milhões de usuários e 392 milhões de pageviews, consolidando sua presença nas redes sociais com 8,3 milhões de seguidores.
A nova curadoria InfoMoney Premium será enviada por e-mail aos assinantes, oferecendo acesso facilitado a conteúdos exclusivos. Essa iniciativa busca atender líderes que valorizam informações profundas e relevantes, capazes de antecipar tendências no mercado. Os assinantes terão acesso a um artigo do renomado economista Joseph Stiglitz, ganhador do Prêmio Nobel de Economia em 2001, publicado exclusivamente no Brasil pelo InfoMoney, além de outros conteúdos especiais.
Além disso, o InfoMoney se destaca como um dos 20 sites que mais crescem no Brasil, sendo premiado como o “Canal de Investimentos” no iBest 2024. A plataforma também é reconhecida como o maior portal especializado em finanças nas redes sociais, de acordo com o relatório Finfluence da Anbima. Essa trajetória reforça o compromisso do InfoMoney em oferecer conteúdos relevantes e de alta qualidade para seus usuários.
A Veriff, unicórnio estoniano especializado em Verificação de identidade digital, inaugurou seu primeiro hub tecnológico no Brasil. Com um investimento...
Publicado em 24/04/2025 às 15:43 - Tecnologia e Inovação