Um estudo recente da Oxfam revelou um aumento impressionante na riqueza dos 10 americanos mais ricos. Em um ano, suas fortunas combinadas cresceram US$ 365 bilhões, contrastando fortemente com a realidade do trabalhador médio nos EUA. Este cenário evidencia a crescente desigualdade de riqueza nos EUA, onde o topo da pirâmide acumula recursos a uma velocidade vertiginosa.
A pesquisa da Oxfam analisou a variação do patrimônio líquido dos maiores bilionários da lista da Forbes entre abril de 2024 e abril de 2025. Rebecca Riddell, da Oxfam América, destacou que essa concentração de riqueza ocorre enquanto muitos lutam para sobreviver. A disparidade é tão grande que seriam necessários 726 mil anos para que dez trabalhadores com renda mediana acumulassem o mesmo montante.
Elon Musk, CEO da Tesla e SpaceX, lidera a lista com um aumento de US$ 186 bilhões em sua fortuna. Mark Zuckerberg, da Meta, e Rob Walton, herdeiro do Walmart, também viram seus patrimônios crescer em US$ 38,7 bilhões cada. Warren Buffett e Jim Walton somaram US$ 34,8 bilhões e US$ 36,5 bilhões, respectivamente. Em contrapartida, Larry Page e Sergey Brin, do Google, tiveram reduções em suas fortunas.
Este cenário de desigualdade de riqueza nos EUA ganha destaque em meio a debates sobre cortes de impostos propostos por legisladores. A Oxfam alerta que essas medidas podem beneficiar ainda mais os ricos, enquanto programas sociais essenciais seriam prejudicados. Alguns políticos defendem um imposto sobre a riqueza de ultra-milionários para mitigar essa disparidade.
A proposta “One Big Beautiful Bill Act” aumentaria a renda média das famílias, mas de forma desigual. A Oxfam adverte que a medida beneficiaria desproporcionalmente os mais ricos, cortando cerca de US$ 1 trilhão de programas de segurança social. A tributação da riqueza enfrenta desafios, como a avaliação do patrimônio líquido e questões de constitucionalidade.
O Congressional Budget Office (CBO) aponta que a renda dos 10% mais pobres pode cair 4% até 2033, enquanto os 10% mais ricos veriam um aumento de 2% devido aos cortes fiscais. A Universidade da Pennsylvania prevê que o projeto elevaria o PIB, mas os ganhos financeiros se concentrariam nos mais ricos. Kent Smetters, da Wharton School, destaca que os 10% mais ricos receberiam US$ 3,1 trilhões em cortes fiscais em 10 anos.
Elizabeth Warren critica o projeto, chamando-o de “presente” para os ricos, enquanto a Casa Branca argumenta que suas prioridades orçamentárias ajudariam os americanos. A desigualdade de riqueza nos EUA é um tema central no debate político e econômico, com diferentes visões sobre como abordá-la.
Via Exame