Os 10 americanos mais ricos acumularam juntos US$ 365 bilhões em apenas um ano, segundo um relatório recente da Oxfam. Enquanto isso, um trabalhador médio nos EUA ganhou cerca de US$ 50 mil no mesmo período. A desigualdade de riqueza nos EUA fica ainda mais evidente quando se calcula que seriam necessários 726 mil anos para 10 trabalhadores comuns juntarem o mesmo valor.
Elon Musk lidera o ranking, com um aumento de US$ 186 bilhões em seu patrimônio. Mark Zuckerberg e os herdeiros do Walmart, Rob e Jim Walton, também viram suas fortunas crescerem em mais de US$ 35 bilhões cada. Warren Buffett, da Berkshire Hathaway, acumulou US$ 34,8 bilhões. Por outro lado, os cofundadores do Google, Larry Page e Sergey Brin, tiveram reduções em seus patrimônios.
Enquanto os bilionários acumulam riqueza, um projeto de lei em discussão no Congresso americano pode aprofundar ainda mais essa disparidade. A proposta, chamada One Big Beautiful Bill Act, promete cortes de impostos que beneficiariam principalmente os mais ricos. A Oxfam estima que os 10% mais abastados receberiam 65% dos benefícios fiscais.
Políticos progressistas defendem um imposto sobre grandes fortunas para reduzir a desigualdade de riqueza nos EUA. Um tributo de 3% sobre patrimônios acima de US$ 1 bilhão poderia arrecadar US$ 50 bilhões apenas dos 10 mais ricos – valor suficiente para alimentar 22,5 milhões de pessoas por um ano. No entanto, a medida enfrenta resistência por questões constitucionais e técnicas.
O debate reflete um país dividido. De um lado, a senadora Elizabeth Warren critica os cortes de impostos como “presentes para os ricos”. Do outro, a Casa Branca argumenta que as políticas econômicas reduziram a desigualdade pela primeira vez em décadas. Enquanto isso, os números mostram que os bilionários continuam acumulando riqueza em ritmo acelerado.
Via Exame