O desmatamento da Amazônia 2024 atingiu níveis alarmantes, com incêndios se tornando a principal causa da destruição de florestas tropicais no mundo. Dados do Global Forest Watch mostram que a perda de vegetação primária aumentou 80% em relação a 2023, totalizando 6,7 milhões de hectares devastados. Isso equivale a 18 campos de futebol destruídos por minuto.
No Brasil, a situação é crítica. O país lidera o ranking global, respondendo por 42% da perda de florestas tropicais. Foram 2,8 milhões de hectares desmatados, sendo 1,8 milhão devido a incêndios recordes. A seca extrema e a expansão agrícola agravaram o cenário, especialmente na Amazônia e no Pantanal.
Pela primeira vez, os incêndios superaram a agropecuária como principal fator de destruição, representando quase 50% das perdas globais. Canadá e Rússia também registraram temporadas intensas de queimadas, contribuindo para o aumento de 5% na devastação de florestas boreais.
A Bolívia aparece em segundo lugar no ranking, com aumento de 200% na perda florestal. Na África, a República Democrática do Congo enfrentou níveis sem precedentes de desmatamento, impulsionado por conflitos e dependência econômica das florestas.
Enquanto isso, a Indonésia e a Malásia apresentaram quedas de 11% e 13%, respectivamente, graças a políticas de contenção de incêndios. Especialistas alertam que as florestas são vitais para absorver carbono e manter o equilíbrio climático, mas as emissões dos incêndios em 2024 equivaleram a quatro vezes o total da aviação global em 2023.
Com a COP30 marcada para acontecer no Brasil, especialistas veem uma oportunidade única para colocar a proteção florestal no centro das discussões globais sobre clima e biodiversidade.
Via Exame