04/12/2025 às 19:02 | Atualizado há 3 horas
               
Identificação de gado no Pará
Rastreabilidade é chave para a descarbonização da carne bovina no Brasil. (Imagem/Reprodução: Forbes)

O Pará decidiu estender o prazo para a identificação de gado no Pará, adiando o uso de dispositivos de rastreamento nos rebanhos bovinos para até 31 de dezembro de 2030. A medida foi oficializada no Diário Oficial do Estado e altera o cronograma que previa o fim da identificação em 2027.

Anteriormente, os pecuaristas paraenses tinham até 1º de janeiro de 2026 para identificar os animais com brincos, desde que possuíssem registros de trânsito em dia. A rastreabilidade total dos bovinos e búfalos era exigida até o início de 2027.

Organizações ambientais entendem que o aprimoramento da rastreabilidade é uma ferramenta importante para combater o desmatamento ilegal, uma vez que o Brasil é o maior exportador mundial de carne bovina. A decisão de adiar o cronograma foi justificada como resposta aos desafios apontados pelos produtores rurais na implementação da medida.

O Imaflora, entidade sem fins lucrativos que atua em questões ambientais, ressaltou que o prazo original era alinhado à urgência das mudanças climáticas, estimulando inovação em políticas públicas. O estado do Pará conta com um rebanho estimado em 26 milhões de cabeças, ficando atrás apenas do Mato Grosso no país.

A iniciativa nacional para rastreamento do gado foi dividida em quatro fases, conforme norma do Ministério da Agricultura lançada este ano. A partir de 1º de janeiro de 2033, será proibida a movimentação de animais que não estejam individualmente identificados e registrados no sistema oficial.

Via Forbes Brasil

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