A carteira de dividendos para julho da Ágora Investimentos permanece inalterada, mantendo em seu portfólio a Porto Seguro (PSSA3), Itaú (ITUB4), CPFL (CPFE3), Copel (CPLE6) e Telefônica Brasil (VIVT3). A expectativa de retorno médio para 2025 é de aproximadamente 7,8%, conforme medido pelo dividend yield médio da carteira. Em junho, até o dia 26, a seleção da Ágora apresentou uma rentabilidade de 1,5%, superando o avanço de 0,1% do Ibovespa (IBOV).
Os analistas da Ágora Investimentos destacam que a CPFL continua sendo uma empresa de alta qualidade no setor elétrico. Suas operações saudáveis e a geração de fluxo de caixa/dividendos são atrativos para investidores que buscam renda. A Ágora estima um rendimento da CPFL na casa dos 7% para 2025, o que pode ajudar a mitigar os riscos do cenário macroeconômico brasileiro.
A Copel também figura entre as principais recomendações da Ágora no setor elétrico. Os analistas avaliam que os sólidos fundamentos da companhia não estão totalmente precificados. Em maio, a empresa anunciou sua nova política de estrutura de capital, estabelecendo uma meta para a relação dívida líquida/Ebitda em 2,8 vezes. Com base nessa política, a Ágora estima que a Copel poderá pagar um dividend yield de aproximadamente 12% ao ano em 2025, 2026 e 2027, tornando-a a ação com maior pagamento de dividendos na cobertura da Ágora.
No caso do Itaú, a Ágora acredita que os resultados do primeiro semestre foram excelentes, com destaque para a forte expansão da margem com clientes, refletindo um melhor mix de produtos e maior spread. Além disso, as despesas com provisões e os empréstimos inadimplentes seguem em tendências positivas, enquanto as despesas operacionais ficaram dentro das expectativas. Os analistas da Ágora permanecem confiantes com a tese de ITUB4 para o segundo semestre.
Em relação à Porto Seguro, os analistas acreditam que o atual ciclo de crescimento dos lucros justifica a negociação com um prêmio em relação aos níveis históricos. A Ágora projeta que o lucro da empresa apresente crescimento anual de 17% em 2025 e 2026, o que a torna interessante para investidores focados em crescimento.
Já sobre a Telefônica Brasil, após a decepção no quarto trimestre de 2024 que levantou preocupações dos investidores, os resultados do primeiro trimestre deste ano foram um alívio bem-vindo. A Ágora considera os resultados positivos, pois eliminam incertezas e estabelecem uma base sólida para incorporar os benefícios financeiros da migração da concessão de telefonia fixa.
A manutenção da carteira de dividendos para julho pela Ágora Investimentos reflete uma estratégia focada em empresas com bons fundamentos e potencial de geração de renda para os investidores. As ações de empresas como Copel e Itaú são vistas como importantes pagadoras de dividendos, oferecendo retornos atraentes em um cenário econômico ainda incerto.
Via Money Times