Mark Zuckerberg, CEO da Meta, reacendeu o debate sobre o futuro da publicidade ao sugerir que a IA da Meta poderá substituir agências. A declaração, feita em entrevista ao boletim informativo Stratechery, indica que a inteligência artificial da empresa poderá atender às necessidades de empresas sem a necessidade de conteúdo prévio ou conhecimento do público-alvo. As implicações dessa visão têm gerado discussões e preocupações no setor.
A proposta de Zuckerberg é que qualquer empresa poderá simplesmente informar o resultado de negócio desejado e quanto está disposta a pagar. A IA da Meta se encarregaria de alcançar esses resultados, atuando como um “agente de negócios definitivo”. Essa abordagem representaria uma mudança significativa no modelo de publicidade.
Em 2024, a Meta obteve mais de US$160 bilhões em receita de publicidade, o que demonstra seu grande volume de anúncios. A Statista aponta que a publicidade é responsável pela maior parte do faturamento da empresa.
A fala de Zuckerberg, sobre a IA da Meta assumir tarefas de publicidade, é só mais um evento numa linha do tempo de outras mudanças que tiveram grande repercussão no mercado.
Em 2018, o Facebook priorizou conteúdo de pessoas em vez de marcas, forçando empresas a investir em publicidade paga. Em 2019, após o escândalo da Cambridge Analytica, a Meta limitou o uso de dados sensíveis na segmentação de anúncios. Entre 2021 e 2022, a empresa apostou no metaverso como um novo espaço publicitário. Em 2025, anunciou o fim da checagem de fatos por terceiros.
As recentes declarações de Mark Zuckerberg sobre a capacidade da IA da Meta de revolucionar a publicidade acentuam as transformações pelas quais o setor tem passado. As empresas de publicidade e anunciantes precisam ficar atentos para essa nova perspectiva.
Via Forbes Brasil