5 pontos essenciais para entender a nova IA chinesa Manus (com dicas de segurança)

Descubra os 5 pontos essenciais sobre a IA chinesa Manus e como se proteger com dicas de segurança práticas.
07/05/2025 às 08:32 | Atualizado há 4 meses
Manus inteligência artificial
Manus: um exército pessoal de assistentes dedicado a você. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

Após o lançamento da DeepSeek, a China apresenta mais uma inovação no campo da inteligência artificial: o Manus inteligência artificial. Desenvolvido pela startup Butterfly Effect, o Manus se destaca por realizar tarefas complexas com menos instruções que outras IAs do mercado, como ChatGPT e Gemini. A nova IA promete revolucionar a forma como interagimos com a tecnologia, oferecendo uma experiência mais fluida e eficiente.

O *Large Language Model* (LLM) é a tecnologia por trás das IAs que geram linguagem para se comunicar e responder em diversos contextos. Alessandro Emerich, engenheiro de software, explica que o ChatGPT foi um dos primeiros produtos a oferecer essa interação fluida, mas apresentava falhas em demandas complexas. Essas falhas evidenciaram a necessidade de ajustes nas IAs generativas, levando ao desenvolvimento do Manus.

Emilio Simoni, especialista em cibersegurança, destaca que o principal diferencial do Manus é sua capacidade de responder a prompts complexos sem se perder. Apesar de já estar disponível, muitos ainda não exploraram todas as funcionalidades do Manus, mas seus principais diferenciais já são notáveis. O Manus atua como um agente de IA geral, planejando suas ações de forma autônoma para atingir seus objetivos.

O Manus utiliza agentes, que são camadas adicionais no chatbot, para dividir e distribuir tarefas relacionadas ao tema da pergunta. Alessandro Emerich compara essa estrutura à criação de “filhotinhos” do ChatGPT, cada um com uma tarefa específica. Essa abordagem resulta em uma equipe de assistentes trabalhando para atender às demandas do usuário, oferecendo uma camada de agentes pronta para uso sem a necessidade de customização técnica.

A camada de agentes proporciona maior interatividade com o usuário. Alessandro Emerich relata que, ao solicitar um guia sobre como montar agentes para IA, o Manus perguntou sobre suas tarefas, nível técnico, preferências e hardware. Após suas respostas, o Manus agradeceu e informou que faria a pesquisa com base nas informações fornecidas, algo que outras IAs não fazem. Em caso de dúvidas, o Manus interage com o usuário, cria uma lista de tarefas e mostra o passo a passo em tempo real, incluindo os sites pesquisados e a edição do texto.

As informações geradas pelo Manus tendem a ser mais completas e confiáveis. Alessandro Emerich aponta que o ChatGPT pode ser “muito convincente na mentira”, enquanto o Manus sempre cita suas fontes. É importante que o usuário sempre verifique as respostas, pois nenhuma IA é infalível. A superioridade do Manus está na estruturação das perguntas para cada prompt recebido, garantindo respostas mais precisas.

Além de pesquisas e criação de textos, o Manus executa diversas tarefas, como construção de sites, análises financeiras, avaliação de planos de negócios, agendamento de entrevistas, busca de fornecedores e preparação de planos de viagens. Para ilustrar, o InfoMoney comparou as respostas do Manus e do ChatGPT (versão gratuita) ao solicitar um documento sobre os efeitos do aquecimento global na agricultura da América Latina e suas consequências nos próximos 10 anos. O Manus forneceu uma resposta muito mais detalhada e abrangente.

Atualmente, os principais pontos fracos do Manus são o preço e a lentidão em comparação com outras IAs generativas. O acesso inicial é feito por convite, solicitado no site ou aplicativo. Alessandro Emerich conseguiu acesso imediato ao instalar o aplicativo em seu celular, evitando a fila de espera da versão web. Inicialmente, o usuário recebe mil “créditos” para usar na plataforma, com o sistema debitando valores de acordo com a complexidade da tarefa.

Após o término dos créditos, o usuário precisa contratar um pacote, com opções a partir de US$ 39 por 3,9 mil créditos e execução de duas tarefas simultâneas. Os testes realizados pelo InfoMoney consumiram 800 dos mil créditos gratuitos. A estrutura do Manus exige muito processamento, o que eleva seu custo e tempo de resposta, tornando-o menos adequado para perguntas simples e diretas.

Emilio Simoni alerta para a possibilidade de códigos maliciosos e *phishings* associados ao Manus. Ele observa que os filtros iniciais para ataques em novas IAs no modelo LLM tendem a ser menos eficazes. Simoni também destaca o risco de *phishings*, com e-mails falsos prometendo acesso imediato à IA, induzindo usuários a fornecerem seus dados em páginas fraudulentas.

Via InfoMoney

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.