Reforma do secretariado de Casagrande: conheça as cinco principais mudanças

Reforma secretariado Casagrande: conheça as 5 principais mudanças e os motivos por trás das substituições de secretários. Saiba mais!
09/02/2025 às 06:34 | Atualizado há 5 meses
Reforma secretariado Casagrande
Reforma secretariado Casagrande

O governador Renato Casagrande (PSB) finalizou a Reforma secretariado Casagrande. A mudança, considerada pequena, envolveu cinco secretarias. A decisão de Gilson Daniel (Podemos) de não indicar nomes para o secretariado marcou o fim do processo. As alterações ocorreram após a metade do mandato de Casagrande. Dos 27 secretários de Estado, apenas cinco foram substituídos.

A Secretaria de Saúde (Sesa), com orçamento de R$ 4,7 bilhões, teve a troca de Miguel Duarte Couto Neto por Tyago Hoffmann (PSB). A saída de Miguel ocorreu devido à falta de comunicação efetiva das ações da Sesa. O surto de oropouche expôs a necessidade de um perfil mais político na pasta. Tyago Hoffmann, deputado estadual, é visto como uma aposta do PSB para as eleições federais de 2026.

Na Secretaria de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano (Sedurb), com orçamento de R$ 402,9 milhões, Marcus Vicente (PP) foi substituído por Marcos Soares (PP). A mudança reflete a reacomodação política no governo. A perda da presidência estadual do PP por Vicente para Josias da Vitória influenciou a decisão. Casagrande busca manter o PP em sua base aliada para as eleições de 2026. Soares, anteriormente subsecretário, foi promovido ao cargo. O futuro de Vicente é incerto, com possibilidade de mudança de partido.

Ricardo Ferraço (MDB) deixou a Secretaria de Desenvolvimento (Sedes), com orçamento de R$ 90,9 milhões, para Sérgio Vidigal (PDT). A mudança visa fortalecer a posição de Ferraço como pré-candidato à sucessão de Casagrande em 2026. Vidigal, ex-prefeito da Serra, é um aliado próximo do governador e figura importante para as próximas eleições. A escolha também busca prestigiar o empresariado da Serra.

Na Secretaria de Turismo (Setur), com orçamento de R$ 36,3 milhões, Philipe Lemos (PDT) deu lugar a Victor Coelho (PSB). A saída de Lemos ocorreu devido a reclamações sobre o andamento das pautas do setor turístico. Questões de equilíbrio partidário também pesaram na decisão. Coelho, ex-prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, é outra aposta do PSB para as eleições de 2026. A Casagrande ofereceu a Lemos um cargo na Cesan.

Por fim, na Secretaria de Recuperação do Rio Doce (Serd), Ricardo Iannotti (PSB) foi substituído por Guerino Balestrassi (MDB). Iannotti era uma solução provisória para a secretaria, criada para gerir os recursos do acordo de Mariana. Balestrassi, ex-prefeito de Colatina, possui experiência na região afetada pelo desastre. Sua nomeação também fortalece o MDB dentro da coalizão governista. Iannotti permanece na Serd em cargo diferente. A reforma no secretariado de Casagrande demonstra a articulação política do governador visando as eleições de 2026. As mudanças buscam fortalecer alianças e posicionar aliados estratégicos. O futuro político dos secretários substituídos e os resultados da Reforma secretariado Casagrande são pontos de atenção para os próximos anos.

Via ES360

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.