Temu muda estratégia para evitar tarifas de Trump e deixa de importar diretamente da China

Temu altera estratégia para evitar tarifas de Trump, abandonando importação direta da China. Entenda os detalhes.
02/05/2025 às 10:51 | Atualizado há 5 meses
Tarifas sobre produtos chineses
Plataforma chinesa substitui vendedores por locais para driblar tarifas dos EUA e manter preços baixos. (Imagem/Reprodução: Exame)

Varejistas digitais globais, especialmente asiáticas, enfrentam dificuldades com o aumento das Tarifas sobre produtos chineses nos EUA. Empresas como Shein, Alibaba e Temu sentem o impacto da política de tarifas, que podem chegar a 145%, proposta por Donald Trump. A Temu, concorrente da Amazon e subsidiária da chinesa PDD Holdings, busca alternativas.

A Bloomberg reporta que a Temu planeja focar em vendas de produtos de fornecedores americanos. Essa estratégia visa contornar as tarifas e manter preços competitivos. A mudança acontece após o governo americano revogar a isenção de minimis para pequenos pacotes. Essa isenção era crucial para empresas como Temu e Shein manterem preços baixos.

Em comunicado à Bloomberg, a Temu afirma que a mudança visa beneficiar comerciantes locais. A empresa também destaca que o novo modelo busca aprimorar o serviço. A Temu já havia testado um sistema híbrido em fevereiro. Fábricas chinesas enviavam grandes quantidades de produtos para armazéns nos EUA. A continuidade da operação americana dependerá da reposição de estoques. Preços podem subir se as tarifas permanecerem altas.

Grandes varejistas como Walmart e Target também sofrem pressão. Ainda não houve reajuste de preços, mas o cenário é instável. Fornecedores chineses relutam em arcar com custos adicionais. Existe pressão política para que as empresas não repassem o aumento aos consumidores. A Amazon cogitou exibir o custo das tarifas no preço final dos produtos, mas recuou após críticas da Casa Branca e de Trump.

Via Exame

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