Varejistas digitais globais, especialmente asiáticas, enfrentam dificuldades com o aumento das Tarifas sobre produtos chineses nos EUA. Empresas como Shein, Alibaba e Temu sentem o impacto da política de tarifas, que podem chegar a 145%, proposta por Donald Trump. A Temu, concorrente da Amazon e subsidiária da chinesa PDD Holdings, busca alternativas.
A Bloomberg reporta que a Temu planeja focar em vendas de produtos de fornecedores americanos. Essa estratégia visa contornar as tarifas e manter preços competitivos. A mudança acontece após o governo americano revogar a isenção de minimis para pequenos pacotes. Essa isenção era crucial para empresas como Temu e Shein manterem preços baixos.
Em comunicado à Bloomberg, a Temu afirma que a mudança visa beneficiar comerciantes locais. A empresa também destaca que o novo modelo busca aprimorar o serviço. A Temu já havia testado um sistema híbrido em fevereiro. Fábricas chinesas enviavam grandes quantidades de produtos para armazéns nos EUA. A continuidade da operação americana dependerá da reposição de estoques. Preços podem subir se as tarifas permanecerem altas.
Grandes varejistas como Walmart e Target também sofrem pressão. Ainda não houve reajuste de preços, mas o cenário é instável. Fornecedores chineses relutam em arcar com custos adicionais. Existe pressão política para que as empresas não repassem o aumento aos consumidores. A Amazon cogitou exibir o custo das tarifas no preço final dos produtos, mas recuou após críticas da Casa Branca e de Trump.
Via Exame