Um engenheiro florestal, Gabriel Neto, descobriu a agrofloresta para carbono durante uma viagem de motorhome. Inspirado, ele fundou a Agroforestree, uma climatech que desenvolve projetos agroflorestais para compensação de carbono. Recentemente, a empresa recebeu um investimento de R$ 340 mil da FDC Angels, braço da Fundação Dom Cabral.
Este investimento permitirá à Agroforestree expandir suas operações e investir em novas tecnologias de monitoramento. A empresa também passou por um rebranding, sinalizando sua expansão para além do mercado de carbono. Seu objetivo é gerar impacto socioambiental, recuperando áreas degradadas e produzindo alimentos.
A agrofloresta utiliza um sistema que combina diversas culturas agrícolas com plantas nativas, aumentando a biodiversidade e enriquecendo o solo. O resultado é um solo fértil, similar à “terra preta de índio”, rico em matéria orgânica e minerais. Este método, originário dos povos nativos da Amazônia, produz alimentos mais saudáveis e saborosos, segundo Neto.
A Agroforestree rastreia o plantio de cada árvore em seus projetos de captura de carbono, registrando espécie e agricultor. Esses dados são valiosos para a cadeia de suprimentos e servirão para o desenvolvimento de novos produtos. A empresa pretende usar a tecnologia para monitoramento eficiente e detalhado.
Com o investimento, Ricardo Blandy, da FDC Angels e ex-diretor comercial da regreen, integrará o conselho da Agroforestree. A startup também terá acesso à mentoria da Fundação Dom Cabral. Para Danilo Nascimento, cofundador da FDC Angels, a Agroforestree combina tecnologia, impacto social e regeneração ambiental, aspectos cruciais para a transformação do setor agrícola brasileiro.
A Agroforestree demonstra como a agrofloresta para carbono pode ser uma solução para a recuperação de áreas degradadas e a produção sustentável de alimentos. O investimento e a expansão da empresa mostram a crescente demanda por práticas agrícolas mais sustentáveis e responsáveis.
Via Startups
