Em Sunnyvale, Califórnia, empreendedores, investidores e executivos brasileiros se reuniram na sétima edição do Brazil at Silicon Valley, no Google. O evento, organizado por alunos de Stanford e Berkeley, teve como objetivo conectar o Brasil com o epicentro mundial da inovação. Apesar das incertezas econômicas globais, a inteligência artificial foi o tema central das discussões.
Durante o Brazil at Silicon Valley 2025, a IA no Vale do Silício mostrou que já é uma realidade. O professor de Stanford, Michal Kosinski, demonstrou como algoritmos superam humanos em diversas tarefas. Olivier Godement, da OpenAI, apresentou os agentes de IA, sistemas autônomos capazes de tomar decisões por empresas e pessoas.
Um painel com Divesh Makan da ICONIQ Capital e Hugo Barra, ex-líder do Android no Google, abordou investimentos e a importância do storytelling. James Manyika e Lisa Gevelber, executivos do Google, falaram sobre aplicações da IA no Brasil e avanços na computação quântica.
Grandes empresas como LinkedIn, Salesforce e Sequoia Capital compartilharam suas perspectivas, enquanto outros painéis focaram no uso da IA na agricultura, biotecnologia e infraestrutura. A inovação surge onde menos se espera, impulsionada por empreendedores globais que aproveitam oportunidades mesmo com poucos recursos.
A Endeavor apresentou um estudo sobre a diáspora de fundadores brasileiros. Felipe Menezes, da Hyperplane, e Taci Pereira, da Systemic Bio, discutiram a resiliência necessária para empreender fora do país. Ambos atribuíram seu sucesso à falta de alternativas, focando em dar certo ou retornar ao Brasil.
A conferência também abordou os impactos da IA na gestão de pessoas. Uma pesquisa de Greg Shove da Section indicou que a IA pode aumentar o QI de um indivíduo e melhorar o desempenho em relação a equipes sem a ferramenta.
Além disso, foram discutidos os desafios da regulação da IA, que precisa acompanhar os rápidos ciclos de desenvolvimento tecnológico. A criação de produtos com IA, que antes levava meses, agora é feita em dias, exigindo nova infraestrutura de processamento e energia.
Esses investimentos podem gerar riqueza e competitividade para os países que se posicionarem estrategicamente. O Brasil pode se beneficiar de suas relações diplomáticas e matriz energética limpa.
O grande desafio para as organizações é transformar conhecimento externo em resultados concretos. A capacidade de absorver novas tecnologias, internalizá-las e aplicá-las depende do conhecimento prévio e do investimento em pesquisa e desenvolvimento.
Em outras palavras, não basta visitar o Vale do Silício e conhecer startups se a empresa não consegue entender e internalizar o que vê.
Via Startupi