No mercado de Venture Capital, medir a rentabilidade exige precisão. Métricas como Taxa Interna de Retorno (TIR), Multiple on Invested Capital (MOIC), Distributed to Paid-In (DPI) e Total Value to Paid-In (TVPI) são ferramentas importantes. O TVPI, por exemplo, soma o DPI (já devolvido aos investidores) com o Residual Value to Paid-In (RVPI), mostrando o retorno potencial total.
Entretanto, há um desafio: a atualização do valuation de startups geralmente ocorre apenas com novas rodadas de captação. Sem novas rodadas, o valor fica “congelado”, ignorando a evolução da empresa e do mercado. Essa abordagem pode distorcer a percepção real de retorno. A Marcação de ativos Venture Capital precisa ser mais dinâmica.
Muitas startups levam tempo para novas captações ou escolhem não captar mais. Isso não significa falta de crescimento. Podem estar gerando caixa positivo, mas, para o investidor, a ausência de um novo valuation oficial cria incerteza. Como avaliar o valor real da startup e garantir que o retorno do fundo não está sendo subestimado?
A solução é a remarcação de ativos. Se não há novas rodadas, a Marcação de ativos Venture Capital deve considerar outros indicadores, como crescimento de receita, EBITDA, margem operacional, múltiplos de empresas comparáveis e Efficient Growth. Apesar disso, muitos gestores evitam essa prática por ser incomum ou porque uma reavaliação pode reduzir a marcação de alguns investimentos.
Outro ponto crucial é a situação de startups que operam de forma independente e sustentável, sem necessidade de novas captações. Nesse cenário, a tese de retorno precisa ser revista. Faz sentido tratá-las como ativos de longo prazo, esperando um exit incerto, ou seria melhor enxergá-las como geradoras de dividendos, devolvendo capital aos investidores continuamente?
Essa mudança de perspectiva desafia a lógica tradicional do Venture Capital, que se baseia em um modelo “tudo ou nada”. A realidade mostra que muitas empresas operam e geram valor sem novas rodadas. É necessário um modelo que capture esse valor continuamente, sem depender exclusivamente de um exit.
Marcação de ativos Venture Capital baseada apenas em rodadas de captação gera uma falsa sensação de segurança. Algumas startups podem estar supervalorizadas por captações passadas, enquanto outras, subvalorizadas por nunca precisarem de novas rodadas. Uma Marcação de ativos Venture Capital precisa ser dinâmica e real.
Para o Venture Capital evoluir, a forma como os ativos são marcados precisa mudar. Se uma startup não capta novas rodadas, seu valuation não pode ficar congelado. A análise interna da situação financeira dessas empresas e reavaliações frequentes são essenciais. Considerar mecanismos de retorno via dividendos, e não apenas via exit, também é uma alternativa.
A Bossa Invest já está trabalhando em uma solução para atualizar a Marcação de ativos Venture Capital. Seu aplicativo busca oferecer acompanhamento em tempo real, novas métricas e formas de marcação.
Via Startupi