Candidata em SP é acusada de desvio de fundos de campanha eleitoral para gastos pessoais como perfumes e festas

Desvio de fundos campanha eleitoral: Candidata em SP é acusada de usar recursos públicos para compras pessoais como perfumes e festas. Saiba mais!
12/02/2025 às 19:04 | Atualizado há 4 meses
Desvio de fundos campanha eleitoral
Desvio de fundos campanha eleitoral

O Ministério Público Eleitoral (MPE) solicitou a impugnação das contas da candidata a vereadora em São Paulo, Alessandra Marques Martins da Costa, também conhecida como Ale Marques (Podemos). A ação se deve a indícios de desvio de fundos campanha eleitoral e fraudes em informações prestadas à Justiça Eleitoral nas eleições municipais de 2024. O Estadão solicitou esclarecimentos à candidata e ao Republicanos, mas não houve resposta até o fechamento desta matéria.

Ale Marques recebeu R$ 100 mil do fundo de financiamento de campanha, obtendo apenas 108 votos. Segundo o Ministério Público, esses recursos foram usados para despesas pessoais. O órgão pede a devolução do dinheiro à Justiça Eleitoral. Um trecho do parecer do promotor Silvio Antônio Marques à 6ª Zona Eleitoral de São Paulo afirma que houve desvio de fundos campanha eleitoral em benefício próprio e de terceiros, além da apresentação de informações falsas.

O MPE encaminhou documentos à Polícia Federal, que abriu investigação criminal. A candidata declarou gastos de R$ 458,99 em uma loja de tênis, justificando como compra de camisetas para a campanha. No entanto, o cupom fiscal indica a compra de artigos esportivos, como chuteiras e tênis. Outro exemplo é uma despesa de R$ 770,00 em uma loja de cosméticos e perfumes, alegando ser para artigos de papelaria.

Há ainda R$ 1.156,00 declarados como “serviços de militância”. A pessoa que recebeu o valor negou ter trabalhado na campanha, afirmando que o pagamento se referia à decoração de uma festa infantil. A decoradora relatou que Alessandra tentou fazê-la assinar um contrato falso para justificar a despesa. O MP destaca que houve tentativa de cooptação para declarações falsas por meio de mensagens de WhatsApp.

Uma fornecedora de crepes para uma festa também aparece nas despesas da campanha, totalizando R$ 1.900,00. O Ministério Público concluiu que o dinheiro público foi usado indevidamente para benefício pessoal da candidata. As investigações começaram após denúncia de um primo de Alessandra, que relatou a ostentação de valores por parte da candidata. A mãe de Alessandra também prestou depoimento, demonstrando decepção e relatando seu depoimento por dever cívico.

O caso envolve um complexo cenário de desvio de fundos campanha eleitoral, com indícios de fraude e uso de recursos públicos para fins pessoais. A investigação da Polícia Federal e a ação do MPE buscam esclarecer os fatos e determinar as responsabilidades. A candidata e o partido ainda não se manifestaram publicamente sobre as acusações.

Via Folha Vitória

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