A IA no setor financeiro está transformando rapidamente o setor bancário. Um estudo da Nvidia mostra que 52% das instituições financeiras já usam a tecnologia, um aumento de 12 pontos percentuais em relação a 2023. No Brasil, sua utilização é ainda mais antiga, impulsionando a segurança, a personalização e a eficiência.
A Nvidia destaca que as áreas de maior utilização de IA são experiência do consumidor (60%), relatórios de investimento (53%) e processamento de documentos (53%). O Santander, por exemplo, utiliza machine learning desde 2017 em sistemas antifraude. Seu CEO da FqRST, Richard Flávio da Silva, afirma que a IA é usada em análise de risco, precificação e relacionamento com clientes, melhorando os sistemas de crédito e CRM.
O Itaú utiliza modelagem de dados com IA desde a década de 1980, enquanto o Bradesco, segundo seu diretor Rafael Forte Araujo Cavalcanti, já empregava modelos básicos associados ao machine learning nos anos 1990. Fintechs, porém, lideram na adoção de IA, pois não precisam lidar com a complexidade de sistemas legados.
Uma das principais aplicações da IA no setor financeiro é a segurança. A análise de grandes volumes de dados permite a detecção rápida de transações suspeitas. Sistemas com IA podem aprovar automaticamente transações com alta probabilidade de legitimidade (85-90%), solicitar confirmação adicional em casos intermediários (70-60%) e bloquear as demais. O uso de biometria facial com tecnologia liveness, como no Santander, reforça a segurança, evitando fraudes.
A melhoria do atendimento ao cliente é outra área importante. Large Language Models (LLMs), como o ChatGPT, revolucionaram a interação entre bancos e clientes. O Santander, por exemplo, reduziu o tempo médio de atendimento em 20% com o uso de IA em chatbots e copilotos. O Bradesco utiliza a BIA, com 2 bilhões de interações e mais de 25 milhões de clientes. O Itaú também emprega IA em 75% das interações, buscando “hiperpersonalização” em seu aplicativo. A IA melhora a leitura de documentos, a transcrição de conversas e previsões de saques e depósitos.
Para 2025, a Nvidia prevê um aumento nos investimentos em infraestrutura de IA, com foco em ESG (Meio Ambiente, Social e Governança). A implementação de IA no Itaú gerou benefícios como melhor experiência do cliente e maior eficiência operacional. No Bradesco, os ganhos de eficiência são estimados em 30% a 40%. A próxima geração de IA, a Agentic AI, promete ainda mais autonomia, com capacidade de tomada de decisões e ações com mínima intervenção humana.
Via Forbes Brasil
