O Desempenho PMEs brasileiras 2025 começou com uma queda de 1,2% no faturamento no primeiro trimestre, segundo dados do Índice Omie de Desempenho Econômico (IODE-PMEs). A retração reflete um cenário de juros elevados, inflação e incertezas que pressionam o setor. Apesar disso, a expectativa é de crescimento de 1,3% ao longo do ano.
Felipe Beraldi, economista da Omie, explica que a desaceleração inicial foi causada pela redução na confiança do mercado. Mesmo assim, ele projeta uma recuperação gradual, alinhada ao crescimento do PIB, estimado em 2% para 2025. Um dos fatores positivos é o aumento real da renda do trabalho, que subiu 4,4% nos últimos 12 meses.
O poder de compra das famílias está 8,1% acima dos níveis pré-pandemia, mas o crédito caro e a inflação seguem limitando investimentos e consumo. Setores como indústria, comércio e construção civil são os mais afetados, por dependerem mais de financiamento.
Outro desafio é a Reforma Tributária, que entra em vigor em 2026 e exigirá adaptações das empresas, principalmente as optantes pelo Simples Nacional. Beraldi alerta que a mudança impactará diretamente a competitividade desses negócios.
Embora haja perspectivas de melhora, o ambiente ainda é desafiador. Juros altos dificultam o acesso a capital de giro, e a inflação mantém os consumidores mais cautelosos. Para Beraldi, as PMEs precisam de planejamento rigoroso e agilidade para se adaptar às novas condições.
A tecnologia e a gestão eficiente serão diferenciais para as empresas que buscam crescer em meio a esse cenário. O Desempenho PMEs brasileiras 2025 dependerá não só da economia, mas também da capacidade de inovação e adaptação do setor.
Via Exame