O primeiro trimestre de 2025 apresentou um cenário de contração para as pequenas e médias empresas (PMEs) brasileiras, com um recuo de 1,2% no faturamento. Este dado, revelado pelo Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs), evidencia os desafios impostos por juros altos, inflação e incertezas econômicas. Apesar desse início desfavorável, as projeções para o restante do ano indicam uma expectativa de crescimento, impulsionada principalmente pelo aumento do poder de compra da população.
Apesar do começo de ano difícil, a expectativa é de um avanço de 1,3% no faturamento das PMEs até o final de 2025. Felipe Beraldi, economista da Omie, destaca que essa retomada está atrelada ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, estimado em cerca de 2%. Um dos fatores que sustentam essa projeção otimista é o aumento real da renda do trabalho, que elevou o poder de compra das famílias acima dos níveis pré-pandemia.
Entretanto, o cenário não é isento de obstáculos. Os juros elevados e a inflação continuam a impactar o consumo e os investimentos, especialmente em setores que dependem de crédito, como a indústria e a construção civil. Empresários também precisam estar atentos à Reforma Tributária, que entrará em vigor em 2026 e que pode alterar a competitividade das PMEs, principalmente aquelas enquadradas no Simples Nacional. A adaptação a essas mudanças será crucial para a sustentabilidade dos negócios.
O acesso ao crédito permanece um desafio para as PMEs, com juros altos dificultando o capital de giro e a expansão. A pressão inflacionária também exige cautela por parte dos consumidores, que têm menos renda disponível. Nesse contexto, a gestão eficiente e o uso de soluções tecnológicas se tornam diferenciais competitivos para as PMEs que buscam crescimento em 2025.
Em resumo, o ano de 2025 apresenta um cenário complexo para as PMEs brasileiras, com um início marcado por dificuldades, mas com perspectivas de recuperação gradual. O Desempenho PMEs brasileiras 2025 será influenciado tanto por fatores macroeconômicos, como juros e inflação, quanto por mudanças estruturais, como a Reforma Tributária. A capacidade de adaptação e o investimento em tecnologia serão determinantes para o sucesso das PMEs neste ano.
Via Exame