A Shopee centro distribuição Recife está prestes a entrar em operação, marcando o 13º centro logístico da empresa no Brasil. Localizado na região metropolitana de Recife, em Pernambuco, essa é a segunda unidade a adotar o modelo fulfillment, que gerencia armazenagem, embalagem e envio de produtos diretamente pela plataforma. A Shopee não divulgou o valor do investimento, citando “razões estratégicas”, mas estima a criação de mais de mil empregos diretos e indiretos até o final de 2025.
O foco do novo centro são vendedores brasileiros, que representam mais de 90% das vendas na plataforma. Inicialmente, atenderá empreendedores de Pernambuco e São Paulo, com planos de expansão para outras regiões, como Sudeste e Sul, conforme a operação ganhe escala. Segundo Rafael Flores, head de expansão da Shopee, o modelo fulfillment simplifica o processo para lojistas, centralizando etapas como armazenamento e logística.
A estrutura multicategoria do centro prioriza produtos populares no Nordeste, como itens de beleza, roupas femininas e brinquedos. A região é a terceira em PIB no país e também em número de vendedores cadastrados na Shopee, com destaque para Pernambuco, Bahia e Ceará.
O modelo já foi testado em São Paulo, onde o centro de distribuição fulfillment reduziu em mais de 30% o tempo médio de entrega desde outubro de 2024. Atualmente, mais de 600 vendedores utilizam o sistema, resultando em maior tráfego e vendas. Além dos dois centros fulfillment, a Shopee opera 11 unidades cross-docking, mais de 150 hubs de última milha e 2.500 agências de coleta.
A estratégia da empresa no Brasil segue o modelo aplicado no Sudeste Asiático, com foco em logística e atendimento ao cliente. Em 2024, a plataforma registrou um volume bruto de mercadorias (GMV) de R$ 50 bilhões, segundo o BTG Pactual. A transição para o modelo B2C, com vendas diretas ao consumidor, posiciona a Shopee como concorrente direto do Mercado Livre e da Amazon.
Com investimentos em pagamentos e iniciativas locais, como lojas pop-up, a empresa busca consolidar sua presença no mercado brasileiro, que vive uma acirrada disputa por agilidade e eficiência logística.
Via Exame