O Senado dos EUA tomou uma decisão impactante ao bloquear um programa da Califórnia que visava a proibição da gasolina na Califórnia para carros e outros veículos até 2035. A medida agora segue para o gabinete do presidente Donald Trump para possível sanção. A votação, com 51 votos a favor e 44 contra, revoga uma isenção concedida pela Agência de Proteção Ambiental (EPA) sob o ex-presidente Joe Biden.
Essa isenção permitia que a Califórnia estabelecesse padrões de emissões mais rigorosos do que os exigidos pelo governo federal, com o objetivo de impulsionar a venda de veículos elétricos e outros veículos com emissão zero. A revogação dessa isenção põe fim a uma prática de décadas, estabelecida pela Lei do Ar Limpo de 1970, que autorizava o estado da Califórnia a implementar suas próprias normas de poluição.
Essa autoridade permitiu que a Califórnia liderasse a criação de restrições de poluição adotadas por outros estados. As exigências da Califórnia enfrentaram oposição de montadoras, produtores de combustíveis e do próprio Trump, que as consideravam inatingíveis. A senadora Shelley Moore Capito argumentou que a Califórnia abusou de sua autoridade de isenção, impondo políticas climáticas extremas ao resto do país.
A medida aprovada pelo Senado ocorreu após críticas de Trump aos veículos elétricos, alegando que eles beneficiariam a China e o México, prejudicando os trabalhadores da indústria automobilística americana. Sua administração tem revertido políticas climáticas e ambientais da era Biden, incluindo aquelas que promoviam a transição para veículos livres de combustíveis fósseis.
Grupos como o Conselho de Defesa dos Recursos Naturais criticaram a decisão de revogar os requisitos da Califórnia, que visavam reduzir a poluição e diminuir as emissões de gases de efeito estufa de veículos leves. O presidente do grupo ambiental, Manish Bapna, classificou a votação como um ataque à autoridade dos estados para lidar com a poluição.
A votação no Senado também desafiou uma decisão do parlamentar do Senado, que considerou as isenções da EPA inelegíveis para revogação sob a Lei de Revisão do Congresso. Os republicanos contornaram essa decisão por meio de um movimento processual controverso, gerando oposição dos democratas, que argumentaram que isso abriria um precedente perigoso.
Em vez de uma simples conclusão, é crucial contextualizar o impacto desta decisão. A batalha sobre a proibição da gasolina na Califórnia reflete tensões maiores entre políticas estaduais e federais, bem como diferentes visões sobre a importância da regulamentação ambiental. A decisão final sobre esta questão terá implicações de longo alcance para a indústria automotiva, a saúde pública e os esforços para combater as mudanças climáticas nos Estados Unidos.
Via InfoMoney
