As fusões e aquisições energia renovável no Brasil devem atingir R$ 120 bilhões em 2025, com o setor de energias renováveis respondendo por 40% desse montante. O levantamento da Zaxo M&A Partners, divulgado pela EXAME, aponta para um crescimento impulsionado tanto por grandes usinas quanto por sistemas fotovoltaicos de pequeno porte. A crescente demanda por energia limpa tem colocado o Brasil no radar de investidores estratégicos.
Mesmo com a volatilidade econômica global, o setor de energia limpa continua atraindo investimentos significativos. Uma análise da Zaxo M&A Partners, que avaliou mais de 20 mil operações no mundo todo, mostra que a instabilidade econômica pode reduzir o valor das transações em cerca de 6,7%. Contudo, esse impacto tende a desaparecer quando há opções claras de crescimento.
O mercado brasileiro tem se mostrado especialmente promissor. Em 2024, as fusões e aquisições no setor solar cresceram 76%, totalizando 51 transações envolvendo usinas com capacidade de 3,6 GWp, segundo a consultoria Greener. A geração centralizada quadruplicou seus negócios, enquanto a geração distribuída dobrou suas operações, alcançando 14 transações. A prorrogação do prazo para empreendimentos renováveis entrarem em operação com subsídios tarifários, por meio da medida provisória 1.212, também impulsionou esse crescimento, especialmente em projetos solares greenfield.
A crescente demanda por fontes limpas impulsiona o mercado brasileiro. A energia solar se destaca, representando a segunda maior fonte da matriz elétrica, com mais de 50 GW de capacidade instalada. Empresas com apelo ambiental e espaço para expansão conseguem transformar momentos desafiadores em oportunidades. A instabilidade econômica torna o Brasil mais estratégico, atraindo investidores com visão de longo prazo.
Empresas com grande potencial de crescimento futuro, as chamadas growth options, podem alcançar um prêmio de até 19% em aquisições, mesmo em tempos de instabilidade. A Zaxo, com mais de R$ 7,5 bilhões em transações concluídas, projeta ultrapassar R$ 600 milhões em 2025, atuando tanto na intermediação quanto na antecipação de tendências para clientes nacionais e internacionais.
Via Exame